Especialista em carnes e segurança alimentar e chefe do Departamento de Ciência Aanimal da Universidade Texas A&M, o professor Russel Cross comandou a comitiva norte-americana, composta pelos professores Daniel Scott Hale e Luis Tedeschi e a professora , Penny Riggs, que visitou a Unicamp, nesta quarta-feira (25). Com objetivo de estabelecer relações acadêmicas e intercâmbios entre as duas universidades, o grupo participou de reunião com os assessores da Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais (Vreri), José Pissolato Filho e Yoon Kil Chang. O encontro reuniu ainda, na sala da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG), a professora da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri), Daniella de Moura e os professores da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA), Marise R. Pollonio, Mirna Lúcia Gigante, Pedro de Felício e Sérgio Pflanzer.

Russel Cross afirmou que a comitiva ficou muito impressionada com as semelhanças de temas e abordagens da Unicamp com os que estão sendo desenvolvidos na Universidade Texas A&M e se mostrou ansioso por dar início aos intercâmbios de estudantes e pesquisas entre as universidades. Durante a reunião, os representantes da universidade norte-americana demonstraram intenção de a receber estudantes participantes ou não do Programa Ciência Sem Fronteiras, além de conceder isenção de taxas aos alunos da Unicamp.

As linhas de pesquisa da FEA e da Feagri foram apresentadas aos visitantes. Cross destacou a importância da investigação em todas as etapas do processo, desde o animal vivo até a conservação e comercialização da carne. “Temos que assegurar que a tecnologia utilizada no animal vivo não tenha impactos na qualidade da carne”, explica.  A relação entre o animal vivo e a carne comercializada tem sido uma preocupação atual nas pesquisas do Departamento de Tecnologia de Carnes e Derivados da FEA, pelo aumento da comercialização de carne escura no Brasil, conforme relata o professor Pedro Felício. Segundo ele, a carne escura decorre do estresse dos animais. “Ela já sai do frigorífico escura por um problema de não acidificação necessária, porque o animal esgotou as reservas.”

O crescimento do consumo do planeta é apontado pelo professor Cross como a principal motivação para pesquisa na área, pois, de acordo com ele, a demanda da produção de carne dobrará em 50 anos. “Nós não temos terra, portanto precisaremos utilizar a ciência e a tecnologia para atender a esse crescimento”, afirma Cross. “Temos que produzir mais carne a menor custo, mas temos que fazer um produto de alta qualidade e que seja seguro.”

Universidade de Liverpool
A Unicamp recebeu neste mesmo dia a visita de uma comitiva da Universidade de Liverpool, Inglaterra. Professores da área da saúde, biologia e engenharias apresentaram os programas da Universidade britânica e conheceram Institutos e Faculdades da Unicamp. O encontro teve como objetivo construir programas sustentáveis de colaboração, agregando colaboração em pesquisas, laboratórios conjuntos e intercâmbios de estudantes.

NDSU, EUA, busca relação de pesquisa com Unicamp
Mark Sheridan, diretor-associado da North Dakota State University (NDSU), dos Estados Unidos, visitou a Unicamp na segunda-feira (23) visando estreitar relações de pesquisa científica e acadêmica entre as duas instituições. Mark Sheridan, do College of Graduate and Interdisciplinary Studies, foi recebido pelo professor José Pissolato Filho, assessor da Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais (Vreri). O encontro ocorreu na sala de reuniões da Pró-Reitoria de Pós-Graduação.

A última vez que representantes da North Dakota estiveram na Unicamp foi em 2011. Eles vieram para apresentar aos estudantes oportunidades de intercâmbio. A Universidade Estadual North Dakota foi fundada em 1890. Está situada em Fargo, na Dakota do Norte. Possui cerca de 14 mil alunos. É uma das duas instituições de pesquisa do Estado e é a líder nas áreas agrícola, científica, técnica e tecnológica.