Empresas do setor sucroenergético
reunidas em Limeira para
programa de gestão da inovação
09/10/2013 - 13:30
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- Images:Divulgação FCA

Mais de 80 profissionais de grandes empresas do setor sucroenergético estiveram reunidos na última sexta-feira, dia 4, na Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp, para iniciar amplo programa de capacitação em gestão da inovação no setor sucroenergético. Trata-se do maior esforço coletivo deste setor para ampliação do esforço de inovação tecnológica e não tecnológica.
Atualmente, o setor sucroenergético passa por uma mudança tecnológica que certamente transformará seu futuro e, consequentemente, o futuro da matriz energética nacional e global: a possibilidade de obtenção de álcool de segunda geração, feito a partir da celulose e não da cana-de-açúcar. Além disso, o setor está em franco processo de internacionalização e o álcool é cada vez mais uma importante commodity para a economia do país. Segundo estimativas da União da Indústria de Cana-de-Açúcar, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor pode atingir U$ 90 bilhões em 2020, enquanto a exportação de açúcar e etanol pode chegar a U$ 26 bilhões.
Bunge, BP Biocombustíveis, Raízen, Odebrecht Agroindustrial, São Martinho, Granbio e Zilor, entre outras empresas que compõem a cadeia produtiva do etanol, inscreveram profissionais no programa oferecido pela FCA em parceria com o Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências e a Agência de Inovação (Inova) da Unicamp, Embrapa, Universidade de São Paulo (USP), Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Universidade Federal de Pernambuco e União da Indústria de Cana-de-Açúcar.
Um time de 30 pesquisadores das instituições envolvidas, que compõem o Núcleo de Apoio à Gestão da Inovação para a Sustentabilidade no Setor Sucroenergético (Nagise), se reúne com gerentes e diretores das empresas em encontros semanais e quinzenais na própria FCA. O Núcleo é parte do Programa Nacional de Sensibilização e Mobilização para a Inovação (do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e da Mobilização Empresarial para a Inovação (da Confederação Nacional das Indústrias - CNI), iniciativa que disponibilizou recursos de aproximadamente R$ 50 milhões para a estruturação e operação de Núcleos de Apoio à Gestão da Inovação (NAGIs) em empresas brasileiras.
O objetivo é capacitar os executivos para formular tanto diagnósticos quanto planos de gestão da inovação que resulte em maior competitividade em escala nacional e global para as empresas envolvidas, fortalecendo o setor na matriz energética brasileira. Após esta primeira fase, o programa NAGISE será aplicado para empresas do Centro-Oeste e Nordeste do país.