O crescente número de alunos selecionados para o Festival Itajubense de Arte e Cultura (Fica) chama a atenção do coordenador do evento, Paulo Nunes, professor e diretor de cultura na Universidade Federal de Itajubá (Unifei). Educador físico e mestre pela Faculdade de Educação Física da Unicamp, o coordenador destacou a participação dos estudantes no Fica 2013 durante encontro com a coordenadora de Desenvolvimento Cultural (CDC), Margareth do Carmo Vieira Junqueira, semana passada. “Sem dúvida alguma, a participação dos alunos da Unicamp na programação do Festival Itajubense de Cultura e Arte foi bastante positiva.” De acordo com Nunes, cerca de 40 estudantes se destacaram com trabalhos na área de poéticas, artes visuais, teatro, música e dança. A participação contribuiu para a troca de conhecimento entre os arranjos produtivos culturais locais com os de outras regiões, um dos objetivos do Fica segundo Paulo.

Entre os nomes, o professor destaca a estudante de artes cênicas Fernanda Januzzelli, integrante da Cia Honesta, que foi aplaudida pelo espetáculo “As presepadas de Damião” no último dia do festival. O talento dos alunos, porém, não ficou marcado apenas nos grupos de teatro, mas também na coordenação do evento. “É importante salientar a participação de Jaya Batista, responsável pela produção geral do evento; e de Andressa Coutinho, coordenadora de poéticas e artes visuais e responsável pela concepção do espaço “Não Lugar” - Galeria de Artes Poéticas e Visuais do festival.”

Na reunião, além de se manifestar sobre o destaque dos estudantes, Nunes falou de sua experiência como coordenador do Fica e das disciplinas de “cultura”, “lazer e planejamento” e  “malabáris e circo” (sua área) na Unifei. “Fui admitido na Unifei em 2010 para dar aulas de educação física, mas assim que entrei, a disciplina deixou de ser obrigatória. Como tinha experiência na Unicamp de organização e participação em eventos, criei as disciplinas, que, por sinal, deram origem ao Fica”. Desde então, preocupa-se em alimentar a vida cultural de Itajubá com várias ações promovidas pela Pró-Reitoria de Extensão da Unifei,  em parceria com fomentadores e apoiadores.

As atividades de extensão propostas por Nunes envolvem toda a sociedade, a qual pode, sem restrições, se inscrever em oficinas e eventos. Um exemplo é curso de produção cultural aberto a toda a comunidade. “É possível ver o interesse, o brilho nos olhos e até o engajamento de muitos jovens em projetos culturais”. Pessoas de todo o Brasil se inscrevem para as atividades que acontecem ao longo do ano e durante o Fica, segundo o professor.

A fonte da qual bebeu, a Unicamp, é e será sempre lembrada, segundo Nunes. O apoio oferecido pela Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural para os alunos participantes em 2013,foi significativo para o festival. O primeiro encontro com a coordenadora da CDC, Margareth Junqueira, aconteceu no início do ano, durante reunião convocada pelo Ministério da Cultura (MinC).  “É importante dizer que muitos dos aprendizados que hoje coloco em prática no meu trabalho como professor e diretor de cultura da Universidade Federal de Itajubá foram adquiridos ao longo dos anos de graduação e mestrado na Unicamp, especialmente aqueles trazidos por situações e experiências obtidas fora da sala de aula – daí a importância das atividades de extensão e extracurriculares para a formação do aluno no ensino superior.”

Ao tomar conhecimento do evento e da participação de estudantes da Unicamp, Margareth e a funcionária Carmen Lúcia Rodrigues Arruda decidiram acompanhar pessoalmente as atividades do Fica. A experiência de Nunes deve contribuir com as discussões Conselho de Desenvolvimento Cultural (Codec), dentro do qual a Unicamp pretende congregar todas as atividades artísticas e culturais desenvolvidas por estudantes, alunos e funcionários.