Escolas de Campinas visitam Museu
da Unicamp na Semana de C&T 2013
25/10/2013 - 12:24
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Cerca de 1.500 alunos de escolas públicas da região de Campinas visitam o Museu Exploratório de Ciências na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2013, que encerra neste domingo (27). A comemoração da Semana, incorporada ao calendário brasileiro, é uma parceria envolvendo a Unicamp, o Centro de Tecnologia da Informação "Renato Archer" (CTI) e a Prefeitura Municipal de Campinas.
Segundo o professor José Fornari, diretor educacional do Museu, nessa semana estão previstas cerca de 20 mil atividades em mais de 500 centros, entre eles a Unicamp, uma das suas incentivadoras. “O nosso Museu desenvolve atividades que ajudam a promover a divulgação científica no país. Elas, junto com a produção acadêmica que fazemos na Universidade, são fundamentais para o avanço da ciência”, afirma.
Para a diretora-associada do Museu, Maria Inês Petrucci Rosa, essa participação é, sem dúvida, uma rica oportunidade de mostrar ao público o que pode ser encontrado aqui de uma maneira mais ampla, além das possibilidades existentes de divulgação científica no âmbito da Universidade. Outro aspecto pontuado por ela é que a programação da Semana no Museu da Unicamp tem como um foco especial o público escolar. “A parceria com a Prefeitura de Campinas então é fundamental, pois já integra uma antiga parceria com o Museu. Desejamos quanto mais intensificar essa cooperação, visto que há perspectivas promissoras da aproximação entre o público escolar e o nosso Museu, que é um centro de educação não formal de grande relevância”, enfatiza.
Para isso, a direção do Museu programou atividades em sua sede, no campus universitário, recebendo estudantes do ensino fundamental e médio. Sessões de NanoAventura, Praça Clima, Espaço, Tempo, e o Globo, são algumas das iniciativas encontradas de forma permanente no Museu e que poderão ser apresentadas aos jovens nesta Semana. Há ainda atividades em curso no Parque Portugal (Lagoa do Taquaral), local onde um caminhão da Oficina Desafio fica estacionado até o fim de semana, atendendo as escolas das 8h30 às 17h30. Além dos estudantes que estavam agendados, também a comunidade externa participará da programação.
As escolas, conta Rute Siqueira Alves, administradora do Museu, fizeram suas agendas previamente junto à Secretaria Municipal de Educação de Campinas. E a Prefeitura da cidade ofereceu inclusive ônibus para conduzir os alunos interessados até a Unicamp e à Lagoa do Taquaral. Por volta de 12 instituições de ensino estão prestigiando essa Semana, comenta.
Maria Inês relata que os alunos que vierem visitar o Museu nesses dias poderão encontrar aqui um conjunto de atividades mediadas por monitores em espaços em que há um acervo de objetos que trazem os conceitos científicos. Além disso, uma característica especial, recorda ela, é que nele também existe uma parte de seu acervo a céu aberto, ou seja, o Museu é o próprio ambiente. “Então não é uma concepção fechada, de museu como coleção. Todas as observações sobre luz solar, temperatura, planeta em termos de magnetismo, por exemplo, são feitas por instrumentos que estão a céu aberto interagindo numa perspectiva natural."
Existe ainda o espaço da Nanoaventura, elenca ela, que traz os artefatos da tecnologia para se pensar a estrutura da matéria. “Nós que trabalhamos com ensino de ciência sabemos que, a partir de determinadas faixas etárias, é um desafio para os meninos imaginarem a estrutura da matéria. Isso vem de Aristóteles, que sinalizava que a mente humana tem horror ao vazio; não consegue imaginar como a matéria é constituída; não consegue imaginar se de fato existe mesmo o vazio entre as partículas?”, exemplifica.
De acordo com a diretora-associada, a NanoAventura traz, de uma maneira lúdica, essa possibilidade para as crianças que, com certeza, poderá ser depois desenvolvido e ampliado conceitualmente no espaço escolar. Em termos de educação científica, é um grande passo na educação das crianças - o de poder refletir sobre a constituição da matéria na idade em que elas estão.
Pesquisa
Aproveitando esse grande contingente de visitantes, a equipe do Museu planejou um questionário com vistas a obter um perfil do público proveniente das escolas da região. Nele, está sendo apurado se os alunos já conhecem algum museu, se eles já visitaram o Museu da Unicamp, qual a faixa etária e sexo, o que mais eles gostariam de ver no Museu Exploratório e se, dentre esse público, haveria pessoas com algum tipo de deficiência.
Os resultados deverão dar substrato ao planejamento de ações como por exemplo a acessibilidade de pessoas com deficiência, o que ajudará a modelar o trabalho de modo a atingir todo tipo de público, que também deve ainda balizar o projeto de acessibilidade, já em andamento, revela Rute.