A Mecatron, empresa júnior do curso de Mecatrônica da Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM) da Unicamp, foi a vencedora do Prêmio Paulista de Qualidade da Gestão, na categoria Nível I, concedido pelo Instituto Paulista de Excelência da Gestão (IPEG). A premiação, mantida pelo IPEG há 12 anos, tem o objetivo de reconhecer as boas práticas de gestão nas empresas públicas e privadas do Estado de São Paulo. “Ficamos muito satisfeitos com este prêmio. Trata-se de um reconhecimento ao nosso trabalho e também de um estímulo para ampliarmos a excelência das nossas atividades”, afirma o diretor de marketing da Mecatron, Guilherme Thiago Plazza.

A cerimônia de entrega dos prêmios foi realizada no dia último dia 16 de outubro, em São Paulo. Ao todo, 18 organizações e empresas públicas e privadas foram contempladas. A Mecatron recebeu diploma e placa. Conforme Guilherme Plazza, para poder concorrer à premiação a EJ enviou um relatório ao IPEG sobre suas práticas de gestão, que foi analisado por representantes do instituto. Em seguida, um auditor visitou a empresa para conhecer o trabalho in loco e entrevistar os seus integrantes. “Um aspecto importante é que concorremos com empresas do mercado, o que demonstra que estamos num bom nível”, pondera o diretor da Mecatron.

Em 2013, observa Guilherme Plazza, a EJ está completando 15 anos de atividades. Nesse período, ela tem prestado consultorias tanto para o público interno, como professores de diversas áreas do conhecimento, quanto externo, como empresas de diferentes tamanhos e segmentos. “Nosso foco maior está nas micro e pequenas empresas da região de Campinas, mas também temos apresentado soluções na área de mecatrônica para grandes empresas”, informa.

Esse tipo de atividade é importante tanto para os alunos que participam da Macatron quanto para os clientes. “De nossa parte, é uma excelente oportunidade para colocarmos em prática o que aprendemos nos laboratórios e salas de aula. Da parte dos clientes, há a segurança de que contarão com um trabalho feito com qualidade e a preços bem menores que os praticados pelo mercado, visto que uma EJ não tem fins lucrativos”, destaca Guilherme Plazza. A Mecatron atua nas seguintes áreas: aquisição e monitoramento de dados, programação de software supervisório, programação de CLP's, integração de sistemas, sistemas eletrônicos e desenvolvimento de software de controle.

MEJ

O Movimento Empresa Júnior (MEJ) soma 25 anos de atividade no Brasil. Nesse período, o modelo ganhou corpo e consolidou-se como uma alternativa importante tanto para a formação dos alunos de graduação de universidades públicas e privadas, que dispõem de um ambiente propício para aliar os conhecimentos teóricos à prática, quanto para as micro, pequenas e médias empresas, que podem contratar serviços de consultoria de qualidade, a preços acessíveis. Atualmente, o país soma cerca de 300 desses empreendimentos, geridos aproximadamente 7 mil estudantes. Na Unicamp, as EJs também têm tradição. Atualmente, a Universidade abriga 16 dessas empresas, que contemplam as grandes áreas do conhecimento.

A primeira EJ surgiu na França, em 1967, na L'Ecole Supérieure des Sciences Economiques et Commerciales, de Paris. Em 1986, quando já existiam mais de 100 empreendimentos do gênero naquele país, o conceito começou a difundir-se pelo restante da Europa, onde encontrou novos formatos e ocasionou, em 1990, a criação da Confederação Europeia de Empresas Juniores (Junior Association for Development in Europe - Jade). O movimento chegou ao Brasil por intermédio da Câmara de Comércio França-Brasil, que em 1987 publicou anúncio em jornal convocando jovens interessados em implantar EJs. Pouco tempo depois, foram criadas as primeiras Empresas Juniores nacionais: EJ-FGV, Júnior FAAP e Júnior Poli Estudos.