A partir de 2014, a Unicamp pretende estender o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) a todos os seus 16 cursos de licenciatura – ainda faltam ser incluídos os de Matemática e Enfermagem. A informação foi transmitida na manhã desta quarta-feira (30) pelo professor Guilherme do Val Toledo Prado, coordenador institucional do Pibid-Unicamp, durante 5º Encontro e 1ª Mostra do programa, realizados no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM). “Se todos os projetos que inscrevemos no edital da Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior] forem aprovados, nós atingiremos essa meta”, acrescentou.

Durante o evento, que marcou o encerramento da primeira etapa do Pibid-Unicamp, iniciada em 2010, tanto Guilherme Prado quanto a professora Eliana Ayoub, presidente da Subcomissão Permanente de Formação de Professores, fizeram um balanço positivo das atividades desenvolvidas até aqui. De acordo com eles, o estreitamento das relações entre a Universidade e as escolas públicas tem proporcionado ganhos significativos para as duas partes. “Ao mesmo tempo em que colocamos o nosso aluno de licenciatura em contato com a realidade das escolas públicas, o que complementa a sua formação, temos a oportunidade de contribuir para a construção, em conjunto com essas escolas, de um ensino de melhor qualidade”, considerou Eliana.

Ao longo da primeira etapa do Pibid-Unicamp, continuou a docente, foram desenvolvidos 17 subprojetos em diferentes áreas do conhecimento. Várias iniciativas, destacou Guilherme do Prado, não ficaram restritas a uma disciplina de referência. “Esse é outro ponto bastante positivo. Diversos projetos têm trabalhado num contexto de interdisciplinaridade, aspecto que a Unicamp procura fomentar nas suas atividades de ensino, pesquisa e extensão”. Já passaram pelo programa aproximadamente 750 bolsistas.

O Pibid, criado pela Capes, procura fomentar a ida de estudantes de licenciatura, a partir do segundo semestre de curso, para as escolas públicas, onde eles participam de ações ligadas ao cotidiano das unidades, bem como em trabalhos educativos. As atividades são coordenadas por um docente da Universidade e supervisionadas por um educador da escola. Todos os envolvidos recebem uma bolsa que varia conforme a função exercida. “É importante salientar que o programa é feito com a escola e não para a escola. Essa construção conjunta é fundamental para a efetividade dos trabalhos”, reforçou a professora Eliana.