Logo pela manhã, por volta das 7h30, dezenas de pessoas ganhavam a Praça da Paz da Unicamp. Mais que chamar a atenção, a mobilização em prol da saúde e do bem-estar humano deveria contagiar outras pessoas da comunidade a caminharem também. Às 10 horas, outro grupo, com a mesma camiseta, se aproximava da Tenda 2 do Programa Mexa-se para somar-se a outras pessoas que ali já tomavam fôlego. Assim começou a 1ª Semana de Atividades da Unicamp.   

O objetivo, de acordo com Carlos Aparecido Zamai, um dos idealizadores do Mexa-se, é disseminar informações de caráter preventivo e conscientizar a comunidade universitária sobre a importância da prática da atividade física. Se a primeira edição é motivo de comemoração já no primeiro dia, que dirá a segunda, em 2014, ano em que o Mexa-se comemorará dez anos. Mas, como a saúde não precisa esperar até o ano que vem, Zamai espera que esta primeira experiência estimule mais pessoas a procurarem o programa. Autor de tese de doutorado que teve como objeto o programa, espera que seja a primeira de muitas edições. O evento conta com 15 bolsistas e em torno de dez profissionais. 

De acordo com Claudia Mara Peres, uma das organizadoras do evento, muitas pessoas adquiriram o hábito de caminhar no programa e hoje desenvolvem exercícios específicos. As atividades também servem para controle e precaução de doenças, segundo Claudia Mara Peres.  

De acordo com o diretor do Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS) da Unicamp, Edison Cardoso Lins, a construção de duas novas tendas deverá aproximar o programa de um maior número de pessoas. “O programa tem impacto importante na qualidade de vida do funcionário como um todo. Ao impactar na qualidade de vida, repercute no dia a dia desse profissional”, avalia Lins.

“Temos milhares de motivos para fazer atividades físicas. Por isso, estamos aqui, como o Centro de Saúde da Comunidade (Cecom), para estimular essa atividade que é uma das principais razões para promover a saúde. Principal estratégia de promoção de saúde é a atividade física”, disse a coordenadora do Cecom, Patrícia Ásfora, logo após chegar da caminhada pela Praça da Paz. Patrícia acrescentou que a atividade física é importante para a saúde mental, a melhoria da autoestima, a disposição ao trabalho.  Do ponto de vista cardíaco, como especialistas da área, acentua que o risco de ter infarto diminui em torno de 20%. “Os exercícios são importantes também para combater pressão alta, diabetes, colesterol, prevenir certos tipos de cânceres, reduzir as dores musculares, melhorar sistema imunológico e reduzir riscos de infecções”, acrescentou. 

“É muito importante que a universidade tenha projetos valorizando esse tipo de ação para comunidade interna para que as pessoas possam adquirir bons hábitos e transmitir a amigos, colegas e familiares”, disse o chefe de Gabinete da Reitoria, Paulo Cesar Montagner, também professor na Faculdade de Educação Física (FEF).  

Montagner elogiou a característica multidisciplinar do projeto. “Isso é sensacional, projetos como esse permitem que grupos de trabalho se integrem e construam propostas comuns. Quando vemos a articulação de profissionais da atividade física, da saúde, do próprio Cecom, do corpo médico, professores instrutores, assim como esse volume de informações, vemos que a atividade física realmente precisa dessa interação para que todos, dentro desse olhar científico e metodológico, possam fazer com que os programas de atividade física no interior da universidade sejam cada vez melhores.”