Acontece de segunda até quinta-feira a edição de 2013 das Jornadas de Antropologia da Unicamp, dando continuidade a um espaço de debate, encontro e interlocução de pesquisas e ideias entre estudantes e docentes. O evento, realizado no auditório do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), tem um caráter especial pela comemoração dos mais de 40 anos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. E, também, ganha o nome de Jornadas de Antropologia John Monteiro, em homenagem a uma figura importante para a Antropologia e o IFCH da Unicamp, falecido abruptamente num acidente rodoviário em março deste ano, menos de quatro três meses após assumir a direção do IFCH.

Simultaneamente, na Biblioteca Octávio Ianni, abriu-se a exposição “Quarenta e Poucos”, contando a história da Antropologia na Universidade desde a inauguração da Pós-Graduação (1971), que hoje celebra a defesa de mais de 300 dissertações de mestrado. A mostra, que vai até 20 de dezembro, foi idealizada pelo professor Ronaldo Rômulo Machado de Almeida e traz o resultado das pesquisas sobre História da Antropologia no Brasil, projeto desenvolvido pela professora Mariza Corrêa quando ocupou a presidência da Associação Brasileira de Antropologia. São fotografias das Reuniões Brasileiras de Antropologia, que atingem agora a sua 29^a edição.

De acordo com a comissão organizadora, as Jornadas de Antropologia John Monteiro oferecem um momento para que os pós-graduandos manifestem suas inquietações sobre as formas de pensar e fazer antropologia; um lugar privilegiado de invenção de novas trilhas antropológicas por discentes e docentes do programa; e uma forma de produzir conhecimento compartilhado e coletivo. A mesa de abertura contou com as presenças de Verena Stolcke, Antônio Augusto Arantes e Peter Henry Fry,  fundadores do PPGAS da Unicamp. Para a mesa de encerramento foram convidadas Suely Kofes (Unicamp), Yvonne Maggie (UFRJ) e Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti (UFRJ).

A mesma comissão organizadora anuncia a incorporação de mais um evento à programação: o seminário ”Antropologia e Direito: 10 anos do decreto 4887″, na tarde de 08 de novembro, organizado pelo Coletivo Quilombola (grupo de alunos da pós-graduação do IFCH, do IEL e da Feagri que trabalha com a temática quilombola). O seminário contará com a presença de antropólogos e procuradores do Ministério Público para fazer um balanço do decreto que regulamentou o processo de regularização fundiária quilombola e deu origem às atuais políticas públicas diferenciadas para esta população.