Unicamp ultima detalhes para
instalação do Instituto Confúcio

12/11/2013 - 11:14

O professor Yoon Kil Chang

A Unicamp, a Beijing Jiaotong University (BJTU) e Ministério da Educação da China estão discutindo os últimos detalhes para a instalação do Instituto Confúcio na Universidade. O objetivo é oferecer aos brasileiros a oportunidade de aprender o mandarim, língua oficial chinesa, além de aspectos da cultura daquele país. Uma carta de intenções já foi assinada nesse sentido e o próximo passo será firmar um acordo de cooperação acadêmica entre as duas instituições de ensino. “Queremos inaugurar o Instituto Confúcio ainda no primeiro semestre de 2014 ou, o mais tardar, no segundo semestre”, adianta o professor Yoon Kil Chang, diretor associado da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) e assessor da Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais (VRERI).

De acordo com Chang, o curso de mandariam e de cultura chinesa será gratuito e estará aberto tanto a integrantes da comunidade universitária quanto interessados de fora da Unicamp. O docente lembra que a Universidade será a quarta instituição brasileira a receber o Instituto Confúcio – já existem unidades instaladas na Unesp, PUC-Rio e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A experiência, conforme Chang, é financiada pelo Ministério da Educação da China e gerida conjuntamente por universidades parceiras, no caso a Unicamp e a BJTU. “O gerenciamento será feito por um diretor e um subdiretor enviados pela China. A Unicamp também indicará um subdiretor para auxiliar nos trabalhos”, explica.

O Instituto Confúcio, observa o professor Chang, está presente em vários países do mundo, dentro do esforço chinês de internacionalização. Somente nos Estados Unidos existem cerca de 90 unidades. “Com a implementação do Instituto na Unicamp, nossos estudantes e pessoas de fora da Universidade terão a oportunidade de aprender o mandarim e a cultura chinesa, o que lhes abrirá oportunidade de inserção tanto em empresas chinesas instaladas no Brasil quanto na própria China. Ao mesmo tempo, a China também ampliará as possibilidades de enviar seus estudantes para o Brasil. Assim, as duas partes serão beneficiadas. Vale lembrar que a China é, atualmente, o maior parceiro comercial do Brasil”, contextualiza.

Além disso, prossegue o assessor da VRERI, a aproximação entre a Unicamp e a BJTU proporcionará a chance da definição de futuras cooperações científicas entre as duas instituições. “Sem dúvida, a instalação do Instituto Confúcio na Unicamp consolidará a confiança mútua já existente entre as partes”, considera o professor Chang.