Plantio de baobá com roda de capoeira
abre Mês da Consciência Negra no campus

14/11/2013 - 15:16

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A muda de baobá no meio da roda de capoeira

A muda de baobá no meio da roda de capoeira

Árvore plantada é símbolo da resistência negra

Árvore plantada é símbolo da resistência negra

CAC reitera apoio ao movimento negro

CAC reitera apoio ao movimento negro

Escolha da Praça da Paz também é simbólica

Escolha da Praça da Paz também é simbólica

O plantio de um baobá no meio de uma roda de capoeira do grupo Abadá, sob o sol do meio-dia na Praça da Paz, marcou a abertura do Mês da Consciência Negra na Unicamp, promovido pela Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC), órgão da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Preac). A comemoração prossegue até o final de novembro com o “Jantar Típico Afro-Brasil” (no dia 19), a mesa-redonda sobre “Ações afirmativas e cotas na universidade – Novas propostas e iniciativas de inclusão” (21) e o “Sarau Cultural Afro” (27).

O baobá é a árvore nacional de Madagascar e emblema nacional do Senegal, considerada símbolo da resistência negra. A muda plantada nesta quinta-feira descende de outra que estava na Praça Milton Santos, trazida em uma das viagens à África feitas por Ivany Valio, professor da área de fisiologia vegetal aposentado pelo Instituto de Biologia (IB). O baobá alcança até 25 metros de altura e destaca-se pela capacidade de armazenar até 120 mil litros de água no interior do tronco.

“O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, deu fama ao baobá, cujos brotos eram arrancados pelo menino que temia os danos que as árvores causariam a seu asteroide quando crescessem. “Outra curiosidade é a maneira como o baobá cresce, parecendo uma árvore invertida, com as raízes para cima, como se mostrasse as contradições do mundo. Na África, chega a viver seis mil anos, sendo considerado símbolo da resistência às adversidades”, comenta Celso Ribeiro de Almeida, coordenador adjunto da CAC.

Angela Maria Morais, responsável pela Coordenadoria de Assuntos Comunitários, afirma que a realização do Mês da Consciência Negra é mais uma demonstração do apoio que o órgão vem dando ao movimento pela igualdade de direitos raciais. “A CAC está sempre preocupada em promover debates e eventos sobre as questões dos negros, pois apesar da evolução nos últimos tempos, ainda há muito a melhorar”.