Nepo e Abep realizam seminário
sobre família, gênero e gerações

26/11/2013 - 13:03

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Mesa de abertura do seminário

Mesa de abertura do seminário

Público presente ao evento

Público presente ao evento

A professora Ana Scott

A professora Ana Scott

O professor Steven Ruggies

O professor Steven Ruggies

O Núcleo de Estudos de População (Nepo) da Unicamp e a Associação Brasileira de Estudos Populacionais (Abep) abriram na manhã desta terça-feira (26) o Seminário Internacional Família, Gênero e Gerações, com o propósito de discutir, a partir da perspectiva demográfica, as relações entre essas três dimensões, em diferentes espaços e temporalidades. O evento, que acontece no Salão Nobre da Faculdade de Educação (FE), terá continuidade nesta quarta-feira (27). Na primeira mesa de debates, os professores Steven Ruggies (Universidade de Minnesota) e Ana Silvia Scott (Universidade do Vale do Rio dos Sinos) abordaram diversos aspectos relacionados às transformações sofridas pela família ao longo do tempo.

Ruggies falou sobre a transição da família, dando como exemplos dados apurados nos Estados Unidos e países da Europa e América Latina. De acordo com essas informações, entre 1850 e 2010 ocorreram muitas mudanças no interior da família, algumas delas intensificadas após a Segunda Grande Guerra. Nesse período, houve um declínio da autoridade patriarcal, o que favoreceu outras transformações, como a maior inserção da mulher na educação formal e no mercado de trabalho.

No novo contexto, também foram registradas redução da taxa de fecundidade, aumento da expectativa de vida, queda do índice de mortalidade infantil e ampliação do número de divórcios. “Esses fatores, conjugados com vários outros, provocaram uma transição do modelo familiar. É importante destacar, porém, que essas mudanças não se dariam se também não tivesse ocorrido uma mudança no idealismo das pessoas”, observou Ruggies.

Ana Scott também fez referência a essas e outras transformações sofridas pela família, mas lembrou ao público que algumas características consideradas atuais, como a união consensual, o divórcio, os filhos ilegítimos fora do casamento, entre outros, também eram registradas no passado, de acordo com dados contidos em fontes documentais. “Apesar das transformações verificadas, viver em família sempre foi a aspiração das pessoas. Ocorre que hoje temos outros arranjos familiares. A família se transformou num verdadeiro caleidoscópio”, disse. A programação do seminário pode ser conferida neste link.