Vigilância do campus
completa 30 anos
02/12/2013 - 16:58
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No livro de registro, em manuscrito, constam poucas ocorrências, algumas até curiosas para o momento atual: apreensões de uma “espingardinha de pressão” e de carteiras falsificadas para a entrada no restaurante universitário. Entre as demais, janelas e portas esquecidas abertas por alunos, funcionários e docentes, mas que, naquela época, raramente traziam riscos ao patrimônio da Universidade. O ano era 1983. De tão tranquilo e vazio, o campus universitário da Unicamp, em Barão Geraldo, despertava medo em alguns vigilantes que faziam turnos na madrugada.
Com nostalgia e bom humor, os episódios foram rememorados nesta segunda-feira (2) durante as comemorações dos 30 anos de existência da Vigilância do campus, cuja missão é garantir um ambiente seguro à comunidade universitária. O evento, realizado no auditório do Instituto de Economia (IE), reuniu o reitor José Tadeu Jorge; o coordenador-geral Alvaro Penteado Crósta, o prefeito do campus, Armando José Geraldo; o diretor da Vigilância, Charles Jeronymo; vigilantes, demais funcionários, docentes e autoridades da administração central. Vigilantes, ex-diretores e colaboradores foram homenageados durante a oportunidade.
“Certamente alguns vigilantes que vieram para trabalhar nas décadas de 1970 e 1980 deviam até ter medo de ficar no campus sozinhos, principalmente em noites de lua cheia e sexta-feira 13. E daria medo mesmo, porque tínhamos uma Universidade sem atividade noturna, praticamente vazia. As mudanças sociais que ocorreram ao longo destes 30 anos têm impactado diretamente o trabalho da Vigilância. A Universidade saltou de uma instituição com pouquíssimas pessoas para praticamente uma cidade com vida noturna intensa; e onde podem circular nos dias de maior movimento cerca de 70 e 80 mil pessoas”, contextualizou, em tom bem-humorado, o reitor José Tadeu Jorge.
“Na época inicial, os problemas tinham outra dimensão. Mas a questão é que, mesmo com essas transformações, a Vigilância sempre procurou desempenhar o melhor papel possível, fornecendo segurança à comunidade universitária. Há muito sucesso nisso. O campus da Unicamp não é um lugar isento de problemas, mas é muito melhor, caso não tivesse a atuação e competência da nossa Vigilância. Eu destaco o treinamento e, principalmente, a identidade institucional que o serviço adquiriu ao longo destes anos”, acrescentou Tadeu Jorge.
O coordenador-geral da Unicamp, Alvaro Penteado Crósta, parabenizou e saudou todos os vigilantes que fazem parte desta história de 30 anos. “Esta comemoração é um momento interessante para refletirmos, tanto sobre o passado – e termos orgulho dele -, como também sobre futuro, ou seja, o que devemos fazer para prestarmos o melhor serviço possível à comunidade. A Universidade não seria o que ela é sem este trabalho diuturno dos nossos vigilantes. Olhando para o futuro, gostaria de ressaltar que esta semana temos um seminário para pensar e discutir com toda a comunidade um plano de segurança para a Unicamp”, disse Alvaro Crósta.
O diretor da Vigilância, Charles Jeronymo, informou que o serviço está ligado à Prefeitura do Campus. Entre as atribuições do órgão, ele destacou a segurança patrimonial e o apoio à comunidade universitária. As atividades são realizadas por 57 vigilantes contratados pela Unicamp, além do apoio de 220 vigias da Fundação de Desenvolvimento da Unicamp (Funcamp) e de 200 porteiros de empresa prestadora de serviços. A Vigilância, destacou o diretor, conta com modernos sistemas de monitoramento por câmeras, comunicação e registro informatizados de ocorrências.
“É um grande orgulho completar 30 anos de trabalho para a comunidade universitária. O crescimento da Unicamp fez com que a Vigilância também crescesse, se aprimorando, tanto do ponto de vista de treinamentos, como da tecnologia. Temos alguns projetos para continuar desenvolvendo melhorias para trazer mais tranquilidade para a nossa comunidade”, afirmou Charles Jeronymo. Ainda de acordo com ele durante toda a semana serão realizadas palestras voltadas à segurança, à saúde e ao bem-estar dos vigilantes.