Fat Family faz show na
Unicamp e lota praça
13/12/2013 - 17:09
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A opção por um novo repertório musical não foi a única mudança para o Fat Family. O grupo já começou a passar o bastão para a quarta geração de cantores-mirins da família. Nesta sexta-feira 13, os seis cantores da primeira formação – Celinho, Suzete, Cátia, Sueli, Deise e Simone – já estavam com os filhos no palco, no show realizado na Praça da Paz da Unicamp, que reuniu fãs e apreciadores do grupo vocal, admirados pela afinação da família.
Cantaram cerca de uma hora antigos sucessos e enfatizaram que hoje o foco do grupo é a música gospel. “O tempo de Deus é o tempo certo, não o nosso”, disse Deise. E Sônia, que não canta no Fat Family, informou que seus irmãos se converteram ao cristianismo há cerca de dez anos e que há oito decidiram-se pelo novo estilo de música. “Algumas pessoas não compreenderam. Mas a estrela agora é Jesus”, explicou.
Os Cipriano, nome dessa família, nasceram em São Paulo e se criaram na cidade de Sorocaba, interior do Estado. Moraram lá cerca de 23 anos, e suas maiores inspirações foram os cantores Tim Maia e Whitney Houston. Gostavam de cantar em uníssono. Como era interessante assistir a uma família cantando, não tardaram os convites na cidade, festas nas casas dos amigos, casas de shows, o que acabou atraindo novos olhares, rumo ao estrelato.
O sucesso veio na mídia, pois o Fat Family tinha uma proposta diferente, envolvendo a família que sabia cantar bem. Outra coisa: todos eram gordinhos e daí surgiu o nome em inglês. Ocorre que há três anos, Sidnei, um dos irmãos, morreu vitimado por um AVC hemorrágico. Ficaram apenas as lembranças dele no grupo, que na verdade já atuava em carreira solo com o nome de Sidnei Sinai, assim como a irmã Celinha.
Os pais sempre apoiaram o talento dos filhos e foram seus maiores exemplos. O avô viveu com os irmãos a primeira geração de músicos, o pai e os tios também. Veio o Fat Family, que agora estão repassando a sua música para os filhos, ainda jovens.
Apesar das mudanças no repertório, o grupo não acredita que tenha perdido fãs por causa do gospel. “O que meus irmãos fizeram foi diversificar esse público”, diz Sônia Cipriano. Joelma Antunes e Lucinete, por exemplo, funcionárias do Sam’s Club, estiveram na Unicamp apenas para rever o Fat Family. Sabiam algumas músicas antigas e, mesmo não conhecendo as novas, acreditam que o fato dos irmãos cantarem esse novo estilo não deve modificar o sentimento dos admiradores. “Eles cantam muito e ninguém lhes tira isso. O músico deve ser assim: cantar de tudo um pouco”, opinou Joelma.
Campanha
O show integrou a iniciativa Campanha do Natal Solidário, encabeçada pelo Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS) da Unicamp. A Casa do Bom Pastor foi a contemplada com a doação dos alimentos arrecadados durante a apresentação. A Casa do Bom Pastor recebe e hospeda pacientes de outras cidades em tratamento oncológico, que são atendidos nos hospitais públicos de Campinas, principalmente na Unicamp.
Segundo Maria Regina Azevedo, presidente da Casa do Bom Pastor e que está na entidade há cerca de 25 anos, os pacientes fazem cinco refeições por dia. Logo, as doações conseguem, em parte, suprir a essa demanda. A Casa é mantida com recursos da Feac e da Prefeitura do município. Tem 60 leitos e foi fundada há 35 anos por Didi e dona Rute, voluntárias que têm mais de 80 anos de idade.
Além da Campanha do Natal Solidário, a Unicamp iniciará agora na entidade a campanha da pintura do prédio, quando haverá um mutirão de ajudantes. Outra campanha deverá auxiliar a Casa com a revisão da parte elétrica dessas instalações, revelou Edison Lins, coordenador do GGBS.
A entidade também se mantém por meio de doações e de bazares de roupas, sapatos, utensílios domésticos e brinquedos, entre outras possibilidades. “Somos muitos agradecidos à Unicamp”, disse Maria Regina. “Fico feliz por ver a alegria de vocês em colaborar”, completou Regina Helena Finazzi, vice-presidente da Casa do Bom Pastor, que fica localizada em Barão Geraldo.
Edison Lins realçou que doações de leite, água de coco, arroz, feijão e outros gêneros alimentícios são bem-vindas. No sábado (17), a Casa fará um bazar com uma megapromoção: tudo será vendido ao preço de R$ 1,00. O evento acontecerá no terminal de ônibus de Barão Geraldo. Os interessados em fazer outras doações devem encaminhá-las ao GGBS, que fica no prédio da Diretoria Geral de Recursos Humanos (DGRH).