Chuva
intensa
causa
transtornos
no campus
15/01/2014 - 14:23
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As chuvas em Campinas na noite desta terça-feira (14) trouxeram apreensão aos moradores de Barão Geraldo, onde está localizado o campus da Unicamp, e duraram mais intensamente cerca de 1 hora, adentrando a madrugada de uma forma mais branda. Alguns carros pararam na esperança de cessarem os ventos, que chegaram ao distrito com uma velocidade de 86,9 km. Choveu granizo e caíram muitas árvores.
Alguns dos locais atingidos foram a Avenida Luiz de Tella e as ruas Plínio do Amaral, Macedo Soares, Condessa do Pinhal, Roxo Moreira, Celso Wey de Magalhães, Dr. Manoel Porto, Márcia Mendes, dentro do Centro Infantil "Dr. Domingos Boldrini" e região do Centro Médico. A cena no dia seguinte foi de muita sujeira.
O índice de chuva máximo registrado na terça-feira em Campinas foi de 53,9 milímetros, considerado o dia com maior volume pluviométrico do ano, já que 80 milímetros é o limite, em geral, de três dias.
De acordo com a Defesa Civil, não foram registradas ocorrências graves na cidade. Na Unicamp, houve queda de galhos e no momento do forte temporal caiu a energia. Segundo Charles Jeronymo, diretor da Vigilância do Campus, caiu uma grande árvore na altura da portaria 2, próxima ao balão de entrada principal. Pela manhã, a empresa Alt Tec providenciou a remoção dos entulhos e de placas que voaram.
Charles contou que também tombou um alambrado nas imediações da Funcamp. Outras duas árvores caíram, uma nas imediações da Comvest e outra no Instituto de Computação (IC). Não foram registrados acidentes automobilísticos.
Nas próximas 48 horas, a influência de áreas de instabilidade manterá nesta quarta-feira (15) o tempo variável, com o céu entre parcialmente nublado e nublado e com pancadas de chuva principalmente à tarde, o que se prolongará até sexta-feira. A temperatura máxima desta quarta à tarde é de 32ºC e 20ºC de mínima na quinta.
Ano anterior foi seco
O ano de 2013 foi o mais seco desde 1989, segundo dados do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp. Choveu somente 1.177,2 milímetros. Em 1989, a precipitação foi de 1.213,9 milímetros. Desde 1988, o início das medições pelo órgão, os anos mais secos foram 2003 (1.186 milímetros) e 2010 (1.192,8 milímetros). Em 1988, a soma das chuvas pelo Cepagri tiveram início no mês de setembro, totalizando 385 milímetros até o final de dezembro.
Conforme a diretora do Cepagri, Ana Ávila, o evento pluviométrico da terça-feira não se tratou de um tornado, mas sim de uma tempestade com chuvas fortes, bastante comum e esperado no período do verão, nos meses de dezembro a fevereiro. "Assustou um pouco, mas decorre, em grande parte, de uma instabilidade que vem do sul do país onde há uma baixa pressão, formando um corredor de umidade”, revela.
A diretora do Cepagri enfatiza que as chuvas no Sudeste estão inclusive abaixo da média esperada para o período. "Dezembro foi um mês seco", conta Ana Ávila. Mas ela avisa que poderá chover mais ainda e explica que as tempestades estão ligadas ao volume acumulado das chuvas.
O graduando do curso de Estatística Marcos Vinicius Vince, 22 anos, relatou que na hora da chuva estava na Avenida Santa Izabel. O córrego próximo transbordou e o encharcou por completo. Já no Terminal de Barão Geraldo, a chuva não deu trégua. Como o local é descoberto, comenta ele, todos os passageiros ficaram molhados e embarcaram no ônibus."Para piorar, o trajeto de 20 minutos até o Terminal Central levou mais de uma hora pois, na Avenida Brasil, tinha ocorrido um acidente", revela. Na Moradia Estudantil, onde o jovem reside, "caiu um poste no bloco N, causando preocupação aos moradores".