Avaliações diferentes agradam
candidatos a Artes Visuais
20/01/2014 - 16:00
- Text:
- Images:
- Images Editor:
André, Anabel e Nathalia, jovens aspirantes a uma vaga em Artes Visuais da Unicamp, avaliaram positivamente o primeiro dia das provas de habilidades específicas para o curso, que é vinculado ao Instituto de Artes (IA). O esquema que divide a prova em três diferentes avaliações (prova de história da arte, pela manhã; desenho à tarde e entrevistas na terça e quarta-feira) está agradando os candidatos, que vieram da cidade de São Paulo.
“Fui bem na prova pela manhã, acho que o bom da Unicamp é que nós temos três tipos diferentes de prova prática: uma sobre história da arte, outra sobre desenho e a entrevista. A entrevista é uma oportunidade de mostrar mais do que conseguimos desenvolver na prova de desenho, muitas vezes. Isso me anima um pouco. Acho que dessa forma você acaba tendo mais oportunidade, existe um equilíbrio maior”, avalia Anabel Antinore, de 20 anos.
O coordenador da prova em habilidades específicas em Artes Visuais, o professor Antônio Carlos Rodrigues, explicou que o esquema de três diferentes avaliações, embora mais trabalhoso, busca, justamente, permitir um equilíbrio maior e proporcionar mais oportunidades aos candidatos.
”Por exemplo: quem não se der bem com tridimensionalidade pode ter problemas na prova de hoje à tarde. Mas isso pode ser amenizado com a entrevista. Portanto, na entrevista esta pessoa que se deu mal na prova de desenho pode apresentar um portifólio de fotografia maravilhoso e nós podemos aceitar. Há um equilíbrio”, exemplifica o docente.
Conforme o coordenador, a prova da tarde trabalhou com a teoria do artista Josef Albers (1888-1976). “É exercício tradicionalmente aplicado. O candidato vai ter que construir objetos com um simples fio de arame e fazer dele o seu tema de desenho. A prova envolve vários aspectos interessantes: a linha, a tridimensionalidade, a relação com o ser humano e a aplicação da cor. É uma prova bem abrangente”, revelou.
Embora apreensiva, Nathalia Granero, 18 anos, se sentia preparada para enfrentar a avaliação de desenho. “Estou bastante ansiosa. Mas eu fiz tranquila a prova pela manhã sobre história da arte. Achei a prova muito legal e bem elaborada, inclusive. Fiz as três provas de arte - da USP, Unesp e Unicamp - e achei, na parte de história da arte, a da Unicamp melhor. As questões da Unicamp foram mais abertas. Tenho um curso de desenho, portanto, acho que estou preparada para a prova de agora”, afirma a jovem que estava acompanhada pelo pai Eduardo Araújo.
“O meu pai sempre falou: ‘vai e se vira’. Hoje somos mais protetores e acabamos acompanhando os filhos. Eu acho que eles acabam se sentindo mais confiantes, apesar de ter que ir bem na prova de qualquer jeito. Mas psicologicamente ajuda”, justifica Eduardo.
Ao contrário de Nathalia e Anabela, Andres Kapaz, 20 anos, estava tranquilo, embora tenha achado a prova matutina sobre história da arte bastante difícil. “A minha primeira opção é arquitetura na USP. Eu acho que fui bem na Fuvest, então, isso ajuda um pouco a controlar o nervosismo. Esta primeira prova do período da manhã estava difícil. Foi uma prova sobre conhecimentos em história da arte nacional e internacional. Não era uma prova fácil. Você tinha que comparar duas obras e depois eles deram três opções de artistas brasileiros e três estrangeiros para você falar. Se você não soubesse os artistas, ficava complicado. Mas agora tem a prova da tarde e a entrevista”, confia o jovem.