Unicamp ouve comunidade
sobre prevenção de riscos
10/03/2014 - 12:10
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Mais de 80 mil pessoas da comunidade interna e externa circulam na Unicamp por dia. São 40 mil veículos e 103 linhas de ônibus transitando diariamente para atender os funcionários, alunos e professores. A Universidade é maior do que muitas cidades do interior do Estado de São Paulo, só que convivendo num espaço restrito, equivalente a uma área com pouco mais de 200 alqueires. Para que os problemas não passem despercebidos, a instituição está ouvindo a comunidade e suas propostas para que seja elaborado um plano de prevenção de riscos, que deve compor o Programa Campus Tranquilo.
“Já temos ouvido especialistas sobre segurança e devemos atuar mais focados na área de prevenção a riscos”, revelou Alvaro Crósta, coordenador geral da Universidade (CGU) e um dos idealizadores da iniciativa, durante encontro nesta segunda-feira (10) na Faculdade de Engenharia Mecânica. O professor Pablo Siqueira, diretor-associado da FEM, deu as boas-vindas aos participantes da primeira reunião.
Nessa etapa, foram feitos levantamentos de todos os tipos sobre necessidades, características, experiências de outras instituições acadêmicas do país e do exterior, a fim de conseguir algumas ideias. “Vamos expô-las e queremos ouvir propostas concretas da comunidade quanto a questões de convivência, prevenção a riscos, sociabilidade entre os membros da comunidade”, salientou. “Espero que o programa seja inovador e resolutivo pois, até onde se tem notícia, nunca foi feito um plano desses desenvolvido através do diálogo. Notamos que as ações acontecem sempre de cima para baixo”, explicou Crósta.
Duas medidas mais pontuais já estão sendo implementadas. Em breve, a Universidade contará com o serviço de uma ambulância do Samu, para atender urgências e emergências, e Barão Geraldo como um todo terá uma base do Corpo de Bombeiros, nas imediações entre os campus da Unicamp e da PUC-Campinas. Mas estas são apenas algumas ações que serão iniciadas com a construção coletiva do programa.
Segundo Crósta, o programa de governo Unicamp de Todos os Saberes, em sua página 72, já sugeria algumas iniciativas para melhorar a segurança na Universidade. Ele prefere empregar o termo prevenção, por ser mais adequado à realidade da Universidade e ao que se pretende fazer, visto que a questão é muito maior e permeia inclusive eventos culturais como uma forma de usar os espaços do campus e de atender as questões de convivência interna.
Os encontros serão realizados em todas as unidades de ensino e pesquisa, unidades administrativas e órgãos. “Teremos essa mesma conversa e vamos coletar sugestões. O objetivo é ouvir o que as pessoas têm a dizer sobre o que está sendo feito”, comentou. As reuniões são abertas à participação dos interessados, sejam eles alunos, funcionários, docentes ou quem tenha algo a contribuir.
Já estão agendados dez encontros no campus de Campinas, Limeira e Piracicaba, cuja pauta abordará assuntos como iluminação, revisão do sistema de vigilância e monitoramento de câmeras, entre outros. A iluminação, por exemplo, já está sendo reforçada, e o sistema de câmeras está sendo revisto. A Unicamp possui no momento 247 câmeras do tipo analógicas fixas e outras 15 com dispósitivo de 360 graus e zoom, que funcionam 24 horas. A instituição conta ainda com efetivo de 277 vigilantes e 28 viaturas, informou o prefeito do campus Armando José Geraldo.