A carreira na área da Engenharia Biomédica é compensadora, mas difícil. Ela só deve ser escolhida por quem realmente gosta de desafios. A mensagem foi dada no início da tarde desta quinta-feira (13) pela professora Vera Button, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) da Unicamp, durante conferência em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. O evento, ocorrido na Sala da Congregação da FEEC, foi organizado pelo IEEE de Mulheres na Engenharia (Wie). Na oportunidade, a docente também foi homenageada pelos 31 anos de dedicação ao ensino e à pesquisa.

De acordo com Vera, a Engenharia Biomédica não deve ser a opção do jovem que tenha por objetivo ganhar dinheiro. “Esse não é o tipo de gratificação que a profissão proporciona. Entretanto, ela oferece muita satisfação pessoal. O engenheiro biomédico pode desenvolver, como já aconteceu no meu departamento, um dispositivo que pode melhorar a vida de um paciente ou facilitar o trabalho do médico”, exemplifica.

Além disso, conforme a docente, no segmento acadêmico ainda existe a oportunidade de contato com grupos de pesquisadores nacionais e internacionais, o que enriquece muito as atividades desempenhadas. Sobre a participação da mulher na Engenharia Biomédica e na ciência em geral, Vera disse que percebe uma presença cada vez maior das mulheres em todas as carreiras, inclusive na sua. “Mas não são espaços fáceis de serem conquistados. A mulher tem que conciliar as atividades profissionais com as pessoais. Tem que conduzir uma pesquisa e cuidar dos filhos. Eu fiz tudo isso ao mesmo tempo e me sinto muito recompensada”, garante.

A docente afirma que adora dar aulas e pesquisar, bem como manter contato diário com os jovens estudantes. “Tudo isso é muito estimulante”. Sobre a homenagem prestada pelo Wie, Vera diz que não esperava por essa iniciativa. “Jamais poderia imaginar que iriam me homenagear por fazer o que gosto. No entanto, devo admitir que fiquei muito feliz com essa deferência”.