Um evento com música, exposições e intervenções artísticas marcou a reabertura, na tarde desta quarta-feira (26), da Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural (CDC) da Unicamp. O espaço esteve fechado por cerca de três meses, para a troca de piso e a pintura das colunas do Centro de Convenções, onde a CDC está instalada. “A CDC é um órgão fundamental para a Unicamp. Ela é que tem cumprido historicamente o papel de valorizar os espaços e as produções artísticas e culturais da comunidade interna e de aproximar, através dessas expressões, a Universidade do restante da sociedade”, afirmou o pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, João Frederico da Costa Azevedo Meyer. VÍDEO

Entre as ações desenvolvidas pela CDC, o pró-reitor destacou duas delas. A primeira é a exposição itinerante do Projeto Espaço de Arte, que levou inicialmente seis obras à Escola de Extensão (Extecamp). A mostra, intitulada “Síntese”, poderá ser visitada até esta sexta-feira (28). Ela reúne um conjunto de obras do acervo da CDC que foi formado a partir de doações de 20 quadros, feitas por artistas que já expuseram no Espaço de Arte. Meyer também enfatizou a importância do lançamento da Conexão Cultural, que faz parte do programa Campus Tranquilo. A primeira edição, ocorrida no último dia 19 de março, na Praça Central do Ciclo Básico, ofereceu música brasileira (samba e forró) de excelente qualidade ao público.

Segundo Carmen Lúcia Rodrigues Arruda, a Malu, supervisora de Ação Cultural da CDC, a ideia agora é estabelecer uma programação permanente, que faça uso tanto do Espaço de Arte quanto a área contígua a ele para a realização de exposições e apresentações artísticas. “Com isso, queremos passar a mensagem para os demais órgãos e unidades da Unicamp de que é possível aproveitar, com algumas adaptações, seus espaços para receber diferentes manifestações culturais”, disse.

A curadoria das intervenções artísticas realizadas na reabertura da CDC coube à professora Sylvia Furegatti, do Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes (IA). “A motivação inicial dessas intervenções é trazer a contribuição do IA para este espaço. Além disso, também quisemos aproveitar a oportunidade para mostrar para a comunidade interna um pouco do trabalho desenvolvido tanto pelos nossos ex-estudantes, que agora já estão no mercado, quanto por aqueles que estão cursando a pós-graduação”.

Uma das intervenções que mais chamou a atenção do público presente à reabertura da CDC foi idealizada pela estudante de pós-graduação Verônica Beutner. A obra, intitulada “Ritualização Idolátrica”, é composta por um painel com fotografias de um homem em diversas situações. Na base da peça, ficam dispostas velas acesas e algumas guloseimas. O objetivo da autora foi fazer uma crítica ao excesso de idolatria que ocorre nos dias atuais.