O enduro Orienta FEC 45.15, com cerca de 60 participantes, foi realizado na tarde desta terça-feira (6), oficialmente pela primeira vez, na Fazenda Argentina, propriedade que possui 1,4 milhão de metros quadrados e que foi adquirida pela Unicamp recentemente. A equipe vencedora foi a dos alunos Caio, Huang e Frederick. A premiação acontece nos próximos dias. Os ganhadores receberão tablets e softwares da apoiadora do evento, a empresa Trimble.

O evento, organizado pela Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC), é uma atividade comemorativa aos 45 anos da Engenharia Civil e aos 15 da Arquitetura e Urbanismo. Segundo o coordenador do evento, o professor da FEC Jorge Trabanco, a Fazenda é um ponto ideal para este tipo de competição. “Mas no ano passado, quando a Fazenda ainda não era da Universidade, obtivemos uma permissão do antigo dono para usar o espaço no enduro a pé.”

A prova iniciou e terminou no prédio principal da FEC. A largada aconteceu às 13 horas, de cinco em cinco minutos. As equipes competidoras, formadas por alunos, funcionários e professores de várias unidades, receberam como orientação uma bússola e uma planilha, a qual indicava os pontos que deviam ser percorridos num circuito fechado de 3.800 metros.

O enduro, diz, tem tudo a ver com a disciplina de Topografia e Geodésia, ministrada por Jorge Trabanco, visto que trabalha com orientações e com coordenadas. “Nesse evento, o aluno necessita conhecer técnicas de orientação: saber ler uma planta e uma carta a fim de encontrar os pontos de controle obrigatórios de passagem. Desde 2004, fazemos esse enduro. Os alunos gostaram tanto que passaram a tomar essa iniciativa durante a Semana de Engenharia, que ocorre anualmente.”

A prova tem como característica um certo ludismo, mas não deixa de ser uma competição. Ganha a equipe, em geral composta de três competidores, que fizer o percurso em menor tempo. Cada equipe começa em um momento. “Vale a diferença de tempo de quando as equipes saíram e chegaram”, menciona o professor da FEC Jorge Trabanco.

Para monitorar os competidores, a FEC neste ano contou com um auxílio adicional da tecnologia de controle eletrônico, muito empregada na área do desporto. Nos pontos de controle espalhados na fazenda, tanto no meio do mato como no meio da cana, há tapetes com chips que também são colocados na caneleira dos atletas. Quando eles passam por esses pontos, recebem o registro automaticamente. Se eles não passam, são penalizados.

A prova foi transmitida on-line num telão no auditório da FEC. Conforme as equipes chegam, já vão se inteirando da sua colocação. “Então tem toda uma expectativa para saber quem será a equipe campeã”, comenta o coordenador. O pré-requisito básico é percorrer a distância e saber se orientar.

O aluno especial da pós-graduação da Engenharia Civil Plínio Piccin participou do circuito completo e acredita que a maior dificuldade é a falta de preparo físico. “Mesmo assim, demoramos 42 minutos, que é um tempo regular”, comemora. Sua equipe ainda tinha Fábio e Julherme.

Plínio, que já participou da competição do ano atrasado, aconselha que os competidores se atenham às direções, pois há pegadinhas que fazem as pessoas se confundirem. “É preciso parar e pensar um pouco para não tomar a direção errada. Esta é uma atividade muito boa para relacionar o físico e o raciocínio. É preciso encontra na imagem uma interpretação, um prédio, pontos em comum, como por exemplo uma esquina, uma estrada, uma plantação. A imagem é a orientação”, afirma. Conheça a classificações das equipes.