Coordenadores de curso
ganham acesso ao PAG
30/05/2014 - 16:00
- Text:
- Images:
- Images Editor:

O (EA)² da Unicamp coloca nas mãos dos coordenadores de curso da graduação da Universidade um instrumento de gestão muito significativo: a manifestação da comunidade acadêmica sobre o que acontece em sala de aula, que é um espaço em geral muito reservado ao professor. Esse compartilhamento, que será feito através do Programa de Avaliação da Graduação (PAG), permitirá deliberação conjunta nos rumos dos cursos, ora por meio de intervenções, ora por meio de ações de apoio, o que poderá demandar propostas de cursos, oficinas de trabalho e outras. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (29) pelos professores Sérgio Leite, coordenador do (EA)², e Mara Regina Lemes de Sordi, responsável pela Coordenadoria de Avaliação. O acesso direto dos coordenadores a essa ferramenta é provável que possa ser feito no mês de agosto. Antes, esse trabalho era feito com material impresso, o qual era distribuído aos coordenadores, segundo Sérgio Leite.
O PAG tem se mostrado uma ferramenta inspiradora de políticas e práticas na Universidade. "Praticamente hoje todas as propostas de projetos desenvolvidos foram baseados, em grande parte, em projetos do PAG, como por exemplo a avaliação, um foco relevante de nosso trabalho", salienta o professor. Os dados do PAG, diz, mostram claramente que a avaliação é um problema que precisa ser enfrentado, assim como o aprimoramento contínuo do corpo docente.
Uma iniciativa interessante é o projeto Rodas de Conversa. Foi concebido pelo (EA)², órgão ligado à Pró-Reitoria de Graduação (PRG). Ele procura intensificar a interação de órgãos com as coordenadorias de cursos de graduação com o intuito de aprimorar a qualidade do ensino. "Vamos tentar definir os critérios de qualidade da graduação na Unicamp. Em outras palavras, com que cara o nosso aluno deve sair daqui. Isso é algo que nós não temos, e cada curso tem separadamente. Contudo, achamos que é possível construir coletivamente pelos menos alguns critérios que definirão o perfil do aluno de modo geral", realça. Mas isso somente pode ser feito junto com o coordenador, comenta o docente. "O (EA)² não consegue fazer sozinho. Aliás, o (EA)² sozinho não faz nada. Ele depende de professor e de coordenadores para encaminhar os projetos."
Os coordenadores poderão acessar esse sistema após a etapa da coleta. A ideia é sistematizar e dar acesso a esses relatórios que fornecem ao coordenador uma visão panorâmica. Vai ocorrer da mesma forma, por meio da plataforma, mediante senha que os coordenadores têm para fazer a gestão acadêmica do seu curso. "Evidentemente, a proposta é que esses dados, sendo observados, compilados e examinados coletivamente pela coordenação de curso e pelos seus órgãos de representação – os colegiados de curso –, contribuam para o planejamento das ações ao longo do semestre e ao longo do ano, para aprimorar o projeto pedagógico de cada curso.
O PAG já passou por algumas reformulações. Como todo espaço de avaliação, ele está sendo processualmente revisitado. E muitas das críticas e as sugestões que o (EA)² está recebendo poderão ser incorporadas, gerando mudanças que vão fazer com que de fato a avaliação esteja a serviço dessas aprendizagens. Docentes e alunos estão convidados a participar voluntariamente e anonimamente da avaliação das disciplinas da graduação on-line, orienta Mara.
De acordo com ela, o PAG permite que tanto alunos como professores se manifestem em relação às práticas de avaliação que existem, se a qualidade das aulas ou a forma de trabalho docente possibilita desenvolver autonomia intelectual e quanto ao acesso aos programas. Há um conjunto de itens que concorrem para perceber como é que se dão as relações ali a fim de produzir aprendizagens. "Aparecem as visões dos alunos e dos professores. Elas precisam ser cotejadas, ouvir os dois lados, e a partir dali constituir uma aproximação da realidade, do que acontece no interior daqueles espaços", ressalta.