A Unicamp recebeu representantes de cinco universidades da Bélgica de língua francesa na segunda-feira, dia 26. O encontro foi promovido pela Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) e pela Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais (Vreri). Dentre os professores da Unicamp que recepcionaram o grupo, estavam Fernando Antônio Santos Coelho, assessor da PRP; Max Henrique Machado Costa, assessor da PRP/Vreri; José Pissolato Filho, da Vreri; além de representantes dos institutos de Química e Física, das faculdades de Engenharia Química e de Engenharia Mecânica. A comitiva belga era composta por Lise-Anne Hondekyn, da Académie de Recherche ET d’Enseignement Supérieur – ARE, e pelos professores Bernard Nysten, da Université Catholique de Louvain; Marie-Paule Celplancke, da Université Libre de Bruxelles; Stoyan Gaydardzhiev e Marie Clotuche, ambos da Université de Liège; Leila Bonnaud, da Université de Mons; e Philippe Lambin, da Université de Namur. A ARE é uma federação de instituições superiores belgas de língua francesa que implementa  missões de ensino superior, pesquisa e serviços, incentivando a colaboração entre instituições.

O objetivo da visita foi possibilitar trocas de experiências e estabelecer bases para o desenvolvimento de uma cooperação científica nas áreas de ciências dos materiais, engenharia, química e física. De acordo com o professor Fernando Coelho, foram discutidos aspectos técnicos de pesquisas para o início dos debates científicos. Já existem convênios assinados com as universidades de Liège e de Louvain, mas foram discutidos meios de oficializar acordos com as outras três instituições belgas e possíveis formas de financiamento para a troca de alunos e de professores. Ainda segundo o professor Fernando, há a possibilidade futura de se discutir o estabelecimento de programas de duplo-diploma, tanto para a pós-graduação quanto para a graduação.A comitiva belga visitou o Instituto de Física para conhecer as instalações onde é feita a caracterização de materiais – série de metodologias utilizadas quando um novo material é preparado que certificam sua correta composição.

Já na sexta-feira (dia 30), a visita foi de membros da Australian National University (ANU), que é uma universidade pública australiana. Os professores Andrew Roberts e Martin Banwell foram recepcionados pelos professores Fernando Coelho (PRP), Max Costa (PRP/Vreri) e Marco Aurélio Pinheiro Lima, do Instituto de Física. O objetivo do encontro foi buscar iniciativas de cooperação acadêmico-científica com grupos de pesquisadores das instituições nas áreas de pesquisa e pós-graduação. De acordo com Max Costa, dentre as ações planejadas a partir do encontro está a realização de workshops reunindo professores das duas universidades, o que deve acontecer no final do ano.  Já o professor Marco Aurélio informou que os australianos descobriram no programa Ciências sem Fronteiras uma oportunidade de troca. Eles querem construir uma ponte com várias universidades brasileiras, em especial com a Unicamp, universidade que é muito parecida com a ANU em termos de estrutura de graduação e pós-graduação.

Após o encontro, Martin Banwell conheceu uma plataforma ótica que filma ações in vitro no Instituto de Física – o aparelho possibilita estudar micro-organismos vivos sem destruir seu sistema. Já Andrew Roberts conheceu o Instituto de Geociências e foi recebido pelo professor Alfredo Borges de Campos, que informou haver a possibilidade de estreitar laços entre o grupo de pesquisadores de Geologia da Unicamp e da ANU através de iniciativas de cooperação acadêmico-científica.