Em debate,
a educação
infantil como
patrimônio da
humanidade
11/08/2014 - 15:58
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“A educação infantil como patrimônio da humanidade” foi o tema que norteou as discussões do 5º Fórum Internacional de Educação Infantil e do 3º Fórum de Educação Infantil como Política Pública de Educação, nesta segunda-feira, no Centro de Convenções. Os eventos foram organizados por pesquisadores do Programa de Estudos em Educação Infantil do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (Nepp), que é vinculado à Coordenadoria dos Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa (Cocen) da Unicamp.
“Esses fóruns nasceram com a finalidade de contribuir para o diálogo com professores, gestores e todos que trabalham diretamente na educação infantil. Oficialmente, o limite é de 900 inscrições, mas deveremos chegar a mil, pois muitas pessoas nos ligaram ou mandaram e-mails interessados em participar”, afirmou a professora Roberta Rocha Borges, coordenadora dos fóruns e também do programa de estudos do Nepp. “Grande parte do público é do estado de São Paulo, mas temos gente de Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais. Há uma maioria de representantes de secretarias de educação.”
Roberta Borges observa que, embora a Constituição, a LDBEN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) e documentos dela derivados representem um significativo avanço na educação infantil, na prática o país ainda está engatinhando. “Temos trabalhos isolados que são muito bons, mas precisamos traduzir a teoria em prática. Por isso, estamos trazendo profissionais de Reggio Emilia [cidade italiana], reconhecidos mundialmente por desenvolver um trabalho prático bastante pertinente, que revela a sociedade pós-moderna em que vivemos. Não podemos pensar apenas a realidade brasileira, é importante conhecer as de outros países.”
Segundo os organizadores, a educação infantil descrita hoje na legislação é uma construção resultante de séculos de lutas em defesa dos direitos humanos – das mulheres, dos negros, dos deficientes, entre outros excluídos da sociedade – e que culmina no reconhecimento das crianças como sujeitos desses direitos; como cidadãos ativos, participativos e produtores de cultura. “O reconhecimento deste direito civil e a obrigação dos municípios nos traz um grande impasse e igual desafio: como sair do discurso e colocar na prática o que a legislação propõe?”.
Participaram da cerimônia de abertura do 5º Fórum Internacional de Educação Infantil e do 3º Fórum de Educação Infantil como Política Pública de Educação os professores Jurandir Zullo Junior, coordenador da Cocen, Roberta Borges, organizadora dos eventos, e Maria Thereza Passos Gordinho Amaral de Oliveira, presidente da Fundação Antonio-Antonieta Cintra Gordinho.
“A escola de educação infantil pública aberta a todos: quais caminhos seguir?” foi o tema da mesa-redonda da parte da manhã, com palestras dos professores Roberta Rocha Borges (Nepp), Maria Tereza Egler Mantoan, (Faculdade de Educação), Francisco Carbonari (Câmara de Educação Básica do Conselho Estadual de Educação) e Priscila Fernandes (Instituto C&A).
Na mesa da tarde, discutiu-se “A cidade de Reggio Emilia e suas políticas públicas de educação infantil e anos iniciais”, com a presença das convidadas internacionais Maddalena Tedeschi, pedagogista de Reggio Emilia, e Vanna Levrini, professora da Escola do Centro Internacional Loris Malaguzzi.
Comentários
Educação infantil-Qualidade estrutura
Acredito na Educação Infantil por ter experiência e pioneirismo em currículo para criança pequena, porém a leitura de nossa realidade é necessária ,quando o município não investe na prevenção da saúde do professor de educação infantil,quando o nª de profissionais é irrisório para o nº de crianças,quando a rotinização se sobrepõe à qualidade do trabalho gerando-se condições adversas para o trabalho do professor deve-se pensar em politica pública e não em modelos ideais, longe da realidade, pois a prioridade esta na base da estrutura.