Japão de portas 'escancaradas'
para os estudantes da Unicamp
10/09/2014 - 14:17
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As portas das universidades do Japão estão 'escancaradas' para receber os estudantes da Unicamp que porventura quiserem estudar lá. Foi o que deu para perceber pelas falas dos promotores da Feira de Educação do Japão, que iniciou na tarde desta quarta-feira (10) no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM). O evento, organizado pela Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais (Vreri) e promovido pela Japan Student Services Organization, instituição ligada ao Consulado do Japão no Brasil, é realizado pela primeira vez no campus de Campinas. No ano passado, o evento, que é anual, ocorreu na Universidade de São Paulo (USP).
A feira reuniu desta vez cinco universidades do Japão – a Hokkoido University, Osaka University, Shibaura Institute of Technology, Shinshu University e Yokohama National University – que vieram apresentar as suas instituições e as oportunidades que se abrem para os interessados em realizar um intercâmbio acadêmico na ‘terra do sol nascente’, por intermédio do programa Ciência sem Fronteiras (CSF), do qual a Unicamp é signatária. A ideia da feira é fornecer informações e esclarecimentos de dúvidas. Saiba Mais.
De acordo com Yu Pin Fang, funcionária da Vreri, a Unicamp tem hoje cerca de dez convênios cooperativos com universidades japonesas, o que mostra a relevância que esse país tem para os planos da Unicamp, e vice-versa. Regina Erika Shiimo, assessora cultural do Consulado Geral do Japão no Brasil, afirma que são muitas as possibilidades de estudo para os alunos, na graduação e na pós-graduação, e que as bolsas estão sendo ofertadas pelo governo para as universidades públicas.
O assessor da Vreri e professor da Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM) Carlos Suzuki, que também tem ascendência japonesa, disse que as oportunidades naquele país são muitas e que abrangem sobretudo as áreas de Mecatrônica, Robótica, Tecnologia, com cursos de ponta. “O nosso aluno Unicamp pode sim almejar o Japão, pois há chances promissoras via CSF. Entendemos que essas oportunidades devem agregar muito à carreira dos estudantes”, acredita. Na sua opinião, a vantagem de embarcar com o apoio do CSF é que o aluno tem direito a uma passagem que dá livre acesso às universidades mais renomadas do Japão. A Universidade de Tóquio, por exemplo, está entre as dez melhores universidades do mundo. “Vejo que de outro modo, com outros programas de intercâmbio, o acesso não seria exatamente o mesmo.”
Para o professor da FEM Celso Morooka, que também é pesquisador do Centro de Estudos de Petróleo (Cepetro), ter estudado no Japão nas Universidades de Tóquio e de Yokohama foram excelentes experiências. “Eu tinha vontade de conhecer a terra em que meus avós e antepassados viveram e também o país que é referência na ciência e na tecnologia”, relata. Morooka comenta que estudou cinco anos no Japão e que depois fez um estágio pós-doutoral em uma empresa, isso na década de 1980. Voltou para a Unicamp e pouco depois tornou-se docente. “Isso tem sido uma base importante para minhas atividades acadêmicas e de pesquisa. O trabalho lá é duro, mas por outro lado é muito bom viver num país organizado, que nos permite realizar o que de fato foi planejado. “Esta é, portanto, uma grande oportunidade que o Brasil e o Japão estão dando aos nossos alunos”, frisa.