Unicamp lidera
produção por docente

12/09/2014 - 09:22

Gláucia Pastore, pró-reitora de Pesquisa da Unicamp

O Ranking Universitário Folha (RUF), publicado pelo jornal Folha de S. Paulo na última segunda-feira, confirma o que já vem sendo apontado em outras bases de avaliação das instituições de ensino superior do Brasil: coloca a Unicamp no primeiro lugar em número de publicações científicas por docente, à frente de USP, Unifesp, UFLA (Federal de Lavras) e UENF (Federal do Norte Fluminense); a média é de 3,35 artigos por docente entre 2010 e 2011, sendo que a Universidade ainda possui o maior número de bolsistas do CNPq. 

Esta terceira edição do ranking incluiu o número de docentes que recebem a bolsa de produtividade do CNPq, mais um indicador de qualidade em que a Unicamp lidera, superando USP, UFRJ, UFLA e UFV (Federal de Viçosa). São concedidas aproximadamente 16 mil bolsas que variam de R$ 1.100 a R$ 1.500, contemplando professores de todas as áreas, segundo critérios como de citações, orientações e relevância e apresentação de projetos. 

A professora Gláucia Pastore, pró-reitora de Pesquisa da Unicamp, afirma que o ranking da Folha vem confirmar a realidade constatada em outras fontes no que diz respeito à produção por docente na Universidade, agora endossada com o quesito da bolsa de produtividade. “A bolsa é conquistada por mérito do pesquisador e considero espetacular o fato de a Unicamp ter um número bem maior delas do que as demais instituições. O bolsista começa no nível 2, havendo uma reavaliação a cada três anos; conforme o desempenho e a produção vão crescendo, ele sobe progressivamente para os níveis 1D, 1C, 1B e 1A (o top de linha, do pesquisador que mais contribui para o sistema de ciência e tecnologia do país)”, explica. 

Gláucia Pastore afirma que a Unicamp segue assim a sua trajetória com uma tradição científica exuberante, tanto na quantidade como na qualidade da produção. “Esses indicadores atestam o rigor científico e o desempenho acadêmico dos nossos docentes. Atribuo esse sucesso a três fatores: o forte apoio da Universidade aos bolsistas de iniciação científica que vão compor os diversos grupos de pesquisa junto com seus orientadores e alunos de pós-graduação; uma pós-graduação extremamente fortalecida com um grande número de cursos de excelência e que desponta entre os primeiros lugares; e o ambiente de pesquisa estimulado por workshops, reuniões científicas e palestras, induzindo à produção de trabalhos de relevância.” 

Das 192 universidades avaliadas pelo RUF, 176 (91%) têm menos do que uma publicação acadêmica por docente num período de dois anos, e 77 (40%) não possuem no quadro docente pesquisadores considerados especialmente produtivos pelo CNPq. Para produzir o ranking, a Datafolha ouviu 611 professores universitários que avaliam cursos para o Ministério da Educação, além de 1.970 responsáveis por recursos humanos.