Antonio José Meirelles toma
posse como novo diretor da FEA
07/10/2014 - 14:52
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O professor Antonio José de Almeida Meirelles foi empossado pelo reitor José Tadeu Jorge como novo diretor da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) para o período 2014-2018, em cerimônia realizada na tarde de segunda-feira no salão nobre da unidade. Meirelles e o diretor associado Flavio Luís Schmidt sucedem os professores Vivaldo Silveira Júnior e Yoon Kil Chang. Também fizeram parte da mesa os professores Alvaro Crósta, coordenador-geral da Universidade, e Gláucia Pastore, pró-reitora de Pesquisa e ex-diretora da FEA. O salão foi totalmente ocupado por autoridades, docentes, funcionários e estudantes.
Em seu discurso de posse, Antonio José Meirelles lembrou que iniciou sua trajetória somente nove anos após a fundação da FEA, em 1967, quando foi criada a profissão de engenheiro de alimentos. E que a constituição deste novo profissional se deu com a colaboração de uma gama de especialistas, como engenheiros químicos e mecânicos, químicos, agrônomos, biólogos, farmacêuticos e veterinários. “Apesar dessa história exitosa, persiste ainda uma segmentação na formação. É importante avançar na integração das nossas disciplinas de graduação e dos quatro cursos de pós-graduação, com o objetivo de gerar profissionais com uma formação mais abrangente, orgânica e completa. Este é um primeiro desafio que enxergo para a nossa gestão do ponto de vista interno da FEA”.
O segundo desafio que o novo diretor se coloca diz respeito ao engenheiro de alimentos enquanto profissão, estando relacionado à produção de bens baseados em recursos renováveis. “A transição para uma econômica baseada em recursos renováveis, em minha opinião, já se iniciou, e representará uma pressão crescente sobre o setor agrícola. A indústria e o engenheiro de alimentos são os maiores exemplos de conhecimento acumulado pela sociedade na transformação de materiais renováveis. É próprio da nossa atividade o foco no processamento de produtos naturais. Precisamos aprofundar a multidisciplinaridade incorporando em nosso cotidiano o conhecimento novo que a ciência vem gerando, e ampliar a interação da nossa atividade com questões da saúde humana.”
Vivaldo Silveira Júnior, ex-diretor da FEA, acredita que sua gestão deu um bom andamento a obras de infraestrutura na unidade, a fim de que seu sucessor possa prosseguir com as atividades em condições mais adequadas. “Como a FEA tem 47 anos de existência, estava precisando de algumas reestruturações que não aparecem muito aos olhos. Mas refizemos toda a parte elétrica, a parte hidráulica, o sistema de aterramento e, principalmente, criamos um prédio novo para laboratórios exclusivamente da graduação.”
O reitor Tadeu Jorge voltou à questão da formação do engenheiro de alimentos na fala de encerramento da cerimônia, ao recordar que iniciou sua carreira na Engenharia de Alimentos, passando em seguida para a Engenharia Agrícola – ambas as unidades criadas pelo professor André Tosello. “A história da FEA é de um passado que, quando aconteceu, estava muito à frente no tempo. E muita coisa do passado se aplica hoje, a começar pela concepção deste profissional, o engenheiro de alimentos. Ele foi concebido pelo professor Tosello como uma espécie de ‘3 em 1’, juntando características que em países mais avançados, na época, eram de três profissões diferentes: o cientista em alimentos, o tecnólogo em alimentos e o engenheiro de alimentos.”
Segundo o reitor, a ideia era juntar os fundamentos das três especialidades em um só profissional, que daria conta de atender à indústria de alimentos como um todo. “Esta concepção mostrou-se absolutamente correta, e isso há 47 anos. Foi a profissão que se introduziu na área de alimentos e que conseguiu atender às expectativas dos empresários. A intensa dedicação do professor Tosello para vincular junto às indústrias as características do engenheiro de alimentos ‘3 em 1’ foi o que efetivamente se consagrou no Brasil – e todos aqui sabemos que pouco ou nada devemos a qualquer país do mundo em termos de conhecimento nessa área. E certamente a indústria brasileira de alimentos não seria hoje o que é, não fosse esse profissional nascido há 48 anos.”