Especialistas brasileiros e estrangeiros estão reunidos na Unicamp para refletir sobre os diferentes temas relacionados aos compostos bioativos, substâncias presentes nos alimentos que podem contribuir para a manutenção da saúde e redução de riscos de doenças. Os debates ocorrem no âmbito do 1º Simpósio Brasileiro de Compostos Bioativos, cujas atividades acontecem no auditório do Instituto de Química (IQ) da Universidade. A coordenação do evento é da professora da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) e pró-reitora de Pesquisa, Gláucia Maria Pastore.

A abertura do simpósio ocorreu na noite de segunda-feira (6). A mesa de autoridades foi formada por Gláucia Pastore; pelo atual diretor da FEA, Antonio José de Almeida Meirelles; pelo ex-diretor da FEA, Vivaldo Silveira Júnior; pelo integrante do Comitê Científico do evento, Mario Roberto Maróstica Jr, e pela pesquisadora britânica Aedin Cassidy, da University of East Anglia. Nesta terça-feira, foram realizadas palestras e uma mostra de pôsteres.

Pela manhã, a conferência de abertura foi apresentada pela professora Vanderlan Bolzani, da Unesp, que abordou o tema “Inovação na identificação e desenvolvimento de novos compostos bioativos”. Entre outros aspectos, a pesquisadora destacou a necessidade de o Brasil estabelecer um novo modelo de pesquisa, que integre grupos de reconhecida competência. Ela também lembrou que o setor industrial precisa ampliar a sua estrutura em pesquisa e desenvolvimento e aumentar os investimentos de risco.

Ainda pela manhã, o professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Hervé Rogez, falou sobre o “Consumo de compostos fenólicos na prevenção de doenças cardiovasculares: certezas e incertezas”. O docente lembrou a necessidade de conferir maior rigor às pesquisas na área, como a escolha adequada dos métodos de preparação de extratos.

Conforme Gustavo Molina, integrante do Comitê Executivo do simpósio, as discussões presentes no evento são especialmente importantes para o Brasil, por causa da grande biodiversidade do país. “Os debates técnicos e científicos tendem a enriquecer nossas pesquisas em busca de novos compostos que possam contribuir para a manutenção da saúde e a prevenção de doenças na população. Além disso, há muito estudo sendo feito lá fora com substâncias extraídas de alimentos brasileiros. Temos que nos tornar detentores desse tipo de conhecimento”, considerou.

O 1º Simpósio Brasileiro de Compostos Bioativos terá prosseguimento nesta quarta-feira, com a apresentação de palestras e sessões orais. A programação pode ser conferida por meio deste link.