O assessor da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) da Unicamp, professor Fernando Antônio Coelho, participou, no início deste mês, em Moscou, de uma apresentação do Projeto 5-100, a iniciativa do governo russo de ter pelo menos cinco universidades do país entre as 100 melhores do mundo, até 2020.

Em meio às atividades ligadas à apresentação do projeto russo, ocorreu também a primeira edição da Cúpula de Universidades dos BRICS e de Economias Emergentes, realizada pela publicação britânica Times Higher Education (THE), responsável por um dos mais consagrados rankings internacionais de instituições de educação superior.

Como representante da Unicamp presente à cúpula, Fernando Coelho recebeu de Phil Blaty, editor de rankings da THE, uma placa comemorativa da 27ª posição da Universidade de Campinas no ranking de instituições dos BRICS e emergentes, que lista universidades de 22 países.

“O evento foi bastante interessante”, disse Coelho. “Discutiu-se isso quais são os movimentos que as universidades, nos BRICS e outros países como a Turquia, por exemplo, estão fazendo no sentido de melhorar o ranking de suas universidades”.

“Universidade de ranking alto significa atração de talentos internacionais, significa geração de conhecimento de boa qualidade e obviamente geração de conhecimento e tecnologia”, declarou o professor da Unicamp. Ele explicou que, dentro do programa russo, foram selecionadas inicialmente 35 universidades – das cerca de 4.000 que existem no país – e, dessas, saiu um grupo de 15, do qual devem emergir as cinco que a Rússia espera emplacar no topo dos rankings.

Como parte desse esforço de melhorar a qualidade de suas universidades, explicou ele, a Rússia vem buscando ampliar a internacionalização de suas instituições. Nesse aspecto, o Brasil – e, dentro do país, a Unicamp, em particular – surge como uma parceria “natural e desejável”, nas palavras de Coelho. Ele visitou oito das 15 universidades destacadas pelo governo russo para galgar posições nas listas de melhores do mundo, e em todas encontrou grande interesse em uma maior aproximação com instituições brasileiras.

 De acordo com Coelho, já existe interesse russo de parcerias com a Unicamp em áreas como Física e Economia. “No ano que vem, é possível que recebamos uma grande delegação russa para um evento importante”, disse.