Ricardo Anido avalia Olimpíada
Brasileira de Informática
18/12/2014 - 15:28
- Text:Da redação
- Images:Divulgação
A cerimônia de premiação da XVI Olimpíada Brasileira de Informática (OBI) ocorreu recentemente no salão nobre da Faculdade de Educação (FE), no último dia dos cursos de programação realizados na Unicamp. A solenidade reuniu autoridades como a pró-reitora de Pesquisa, Gláucia Maria Pastore; o diretor do Instituto de Computação (IC), Ricardo Torres; o docente do IC, Ricardo Anido, coordenador da OBI; e o professor emérito da Unicamp Cláudio Lucchesi, que é membro do conselho da Fundação Carlos Chagas, patrocinador do evento.
Participaram dos cursos da Unicamp cerca de 50 alunos, com idades entre 11 e 17 anos. Eles foram escolhidos de acordo com o desempenho na fase local (em escolas de todo o país) e na fase nacional (em cerca de 80 universidades espalhadas por todos os Estados). Inscreveram-se neste ano 21 mil estudantes. Os cursos na Unicamp já são tradicionais, segundo o professor Ricardo Anido. Eles acontecem desde a segunda edição da OBI, em 2000.
Para acompanhar os alunos durante a semana, foram selecionados oito monitores [que já tinham sido monitores no ano passado], praticamente todos alunos dos cursos de Engenharia de Computação ou Ciência da Computação da Unicamp. Alguns, inclusive, já tinham participado anteriormente como alunos dos cursos na Unicamp.
Os monitores acompanham diariamente os alunos e os ajudam nos exercícios práticos. “É uma semana intensa para os monitores e professores do curso”, observa Anido. Ele conta que os cursos são o prêmio máximo da OBI. “Certamente a possibilidade de participar dos cursos na Unicamp, com todas as despesas pagas, é o grande atrativo da Olimpíada para milhares de alunos."
Por outro lado, reconhece ele, "isso também é bom para a Universidade, pois a exposição do IC e da institução aos alunos participantes colabora para trazer alunos excelentes para os cursos da Unicamp." “Infelizmente perdemos alguns para escolas do exterior, como MIT, Harvard, Colúmbia, que conseguem bolsas para estudar nessas escolas de ponta, por serem realmente excepcionais.”
A primeira edição da OBI, em 1999, teve pouco mais de 300 inscritos. Este número saltou, em 2013, para mais de 19 mil e, 2014, 21 mil. “O resultado deve ser medido em termos de aumento de interesse pela área de Ciência da Computação”, comenta.
Outro objetivo da OBI é incentivar a introdução do ensino de fundamentos de programação de computadores a alunos de todas as idades, desde o ensino fundamental. Alguns países, como a Inglaterra, já introduziram "programação de computadores" (e não apenas uso de ferramentas como planilhas e editores de texto) nos currículos de escolas a partir do ensino fundamental. “A habilidade de trabalhar com computadores, saber como funcionam, conhecer como problemas devem ser modelados e como soluções devem ser organizadas para que possam ser automatizadas pelo uso do computador, são habilidades que já são importantes e se tornarão no futuro cada vez mais importantes, para qualquer profissão ou área de conhecimento”, opina.