Uma reunião com os assistentes técnicos de unidades (ATUs) e de diretoria (ATDs) da Unicamp, marcada para as 14 horas desta quarta-feira, 11, abre o cronograma de atividades de combate à dengue no campus de Barão Geraldo. A reunião convocada pelo GT da Dengue acontece no Anfiteatro 2 da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e é preparatória para a grande vistoria que ATUs, ATDs e cipeiros organizarão em todas as unidades no dia 18 de março; no dia 26, a partir das 9 horas, serão vistoriadas as casas da Moradia Estudantil. 

Rôse Trevisane, coordenadora adjunta do Cecom (Centro de Saúde da Comunidade) e responsável pelo GT da Dengue, explica que, normalmente, os picos de casos de dengue começam em março, se acentuam em abril e vão até maio, mas neste ano começaram já em janeiro. "O cenário se repete em todo o município de Campinas e indica que a epidemia está se antecipando, preocupando os profissionais da saúde". 

Nesta reunião na FCM será explicado como cada unidade deve se organizar para a vistoria dentro e fora dos prédios, e a quem recorrer no caso de identificação de um criadouro do mosquito Aedes aegypti. O mutirão da Moradia, que se localiza em um dos bairros mais afetados da região, vai ser repetido, também para concluir o telamento das mais de 500 caixas d’água que abastecem as casas (70% foram protegidas no ano passado). 

Outra medida de controle é a retomada da Vigilância Entomológica da Dengue (VED), com a ativação de armadilhas para o mosquito transmissor, por um grupo de alunos coordenado pelo professor Carlos Fernando Andrade, do Instituto de Biologia. 

Patrícia Leme, coordenadora do Cecom, anuncia a criação de uma força-tarefa para o atendimento de casos de dengue no campus, seguindo o recomendado pelo Ministério da Saúde. “Identificado um possível doente, ele contará com uma agenda específica, sendo atendido pela enfermagem, realizando os exames, recebendo toda a medicação, e o melhor, com todos os retornos necessários. A preocupação com a dengue não está no diagnóstico, mas na evolução ao longo dos dias, quando pode haver uma complicação. O doente será acompanhado do diagnóstico até a alta."

De acordo com Patrícia, a dengue é uma doença de fácil diagnóstico, tendo como sintomas febre alta, dores de cabeça, no corpo e atrás dos globos oculares, manchas vermelhas na pele e prostração. "Esperemos que a epidemia não venha com tanta força como no ano passado. Como o vírus é o mesmo, espera-se, teoricamente, que quem já teve dengue não volte a adoecer."