“Cor da Luz: o código das cores” é a grande exposição que está sendo preparada pelo Museu Exploratório de Ciências da Unicamp em comemoração ao Ano Internacional da Luz, declarado pela Organização das Nações Unidas para 2015. A exposição, que será gratuita e aberta ao público em geral de julho a dezembro, apresentará diferentes conceitos de ciência relacionados com luz e cor, numa montagem interativa e de alto impacto visual, em área de 550 m² no próprio Museu. Os organizadores esperam que ela seja visitada por pelo menos 50.000 pessoas de Campinas e região – e não apenas por alunos da rede de ensino, mas também por adultos e suas famílias. O site de “Cor da Luz” já está no ar com mais detalhes. 

A professora Maria José Santos Pompeu Brasil, curadora da exposição, explica que eventos semelhantes serão promovidos no mundo todo, seguindo o objetivo da ONU de aumentar a consciência sobre como as tecnologias baseadas em luz podem promover desenvolvimento sustentável e fornecer soluções para desafios globais em energia, educação, agricultura e saúde. “Entre as várias vertentes da luz, escolhemos a relacionada com a cor, que é fascinante para as pessoas. As escolas são sempre bem recebidas, mas a proposta é aumentar o leque de frequentadores para que o Museu de Ciências fique mais conhecido. Queremos a presença de famílias inteiras e da própria comunidade da Unicamp, pois muitos ainda não conhecem o que temos aqui dentro”, diz a docente do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW). 

O que é cor? Como percebemos as cores? Como podemos criar cores? Como identificamos as cores? Segundo os organizadores, a exposição ajudará a responder tais perguntas e a entender a relação entre luz e cor, envolvendo áreas como de física, biologia, neurociências, química, matemática, computação, psicologia, artes e design. A promessa é de uma mostra interativa e de belos efeitos, com a apresentação de processos de geração de cor, funcionamento de monitores, impressoras, câmeras fotográficas e fabricação de tintas. Efeitos como o arco-íris, o azul do céu e o pôr do sol vermelho serão demonstrados e explicados por meio de aparatos interativos. 

Maria José Brasil informa que docentes, alunos e pesquisadores já estão cuidando da montagem dos equipamentos, que serão testados em oficinas levadas a escolas e comunidades antes da exposição. “Cor da Luz” está sendo viabilizada com o apoio de três Cepid’s (Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão) sob coordenação da Unicamp: OCRC (Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades), Brainn (Brazilian Institute of Nueroscien and Neurotechnology) e eScience (Centro de Pesquisa em Ciência e Engenharia Computacional), que pediram aditivos à Fapesp para financiamento do evento. “Algumas empresas, como de materiais ópticos, laser, iluminação e tintas, já se dispuseram a colaborar com materiais.” 

Além da curadora, estão na organização do evento os professores Ernesto Kemp, diretor do Museu de Ciências, e Marcelo Knobel, como consultor científico. “Vamos tratar bastante de física, química e também de medicina e fisiologia, com temas como da obesidade, relacionando cores dos alimentos com alimentação saudável", explica Brasil. "Estamos montando sistemas para mostrar tanto a luz visível da cor, como de ultravioleta, infravermelho, raio-X e sincrotron.  O visual da exposição fica a cargo de uma equipe de arquitetos e designers, e também da Bel Lobo, apresentadora do programa ‘Decora’ do GNT, amiga de muitos anos que vai ajudar na montagem. A ideia é caprichar no visual para ter uma exposição educativa e também bonita e atrativa.”