Unicamp promove o seu primeiro
seminário de projetos de extensão

17/06/2015 - 14:59

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Público no auditório da BCCL

Público no auditório da BCCL

O pró-reitor João Frederico Meyer

O pró-reitor João Frederico Meyer

Mohamed Habib, ex pró-reitor da Preac

Mohamed Habib, ex pró-reitor da Preac

Luís A. Magna, pró-reitor de Graduação

Luís A. Magna, pró-reitor de Graduação

Ângela Maria Morais, coordenadora da CAC

Ângela Maria Morais, coordenadora da CAC

Público no auditório da BCCL

Público no auditório da BCCL

“A Unicamp se esforça por praticar uma extensão indissociável de ensino e pesquisa. Num evento como este é muito comum ouvir relatos sobre as dificuldades para conseguir avançar a extensão mas, como parte desta luta que temos, também precisamos ouvir os projetos que têm sido coroados de sucesso.” Com essas palavras, o pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp, João Frederico da Costa Azevedo Meyer, falou aos participantes do 1º Seminário de Projetos de Extensão Comunitária, organizado pela Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC), órgão ligado à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Preac).

Participaram da solenidade de abertura do evento, realizada no auditório da Biblioteca Central “César Lattes” na manhã desta quarta-feira (17), o atual o pró-reitor da Preac João Frederico da Costa Azevedo Meyer, o pró-reitor da Preac na gestão 2005 a 2012 Mohamed Habib, o pró-reitor de Graduação (PRG) Luís Alberto Magna e a coordenadora da CAC Ângela Maria Morais.

João Frederico Meyer afirmou que esse seminário de projetos de extensão tem como motivação socializar o esforço que vem sendo feito na área. “É nossa obrigação fazer uma extensão universitária que ajude a transformar a história. Além de compartilharmos as vitórias, estamos aqui inclusive para socializar nossas esperanças e nossas utopias”, salientou.

Mohamed Habib pontuou que a extensão universitária é uma bandeira que deve ser levantada e carregada para a reivindicação do direito social. “Engana-se quem diz que a Universidade tem que primar por uma carreira de excelência se não olhar para a sociedade”, frisou. “Não basta a formação científica e técnica. Tem que haver o tempero da cidadania.”

O ex pró-reitor ressaltou que a extensão comunitária é o único espaço aberto na universidade para que os alunos tenham um maior contato com as comunidades carentes, mas que lamentavelmente eles sequer conhecem como vive 60% da população brasileira. “Então vejo que é preciso sentir as demandas do país”, alertou.

Luís Alberto Magna lembrou que a educação superior no Brasil vive momentos cruciais. Um deles é o de levar o seu comprometimento para a formação dos egressos da universidade – para não somente qualificá-los na sua área de atuação mas também prepará-los para o exercício profissional. Ele acentuou que muitos alunos de graduação da Unicamp hoje têm feito estágio obrigatório no qual se prevê um contato mais estreito com a comunidade externa. Também disse que são outros momentos cruciais a busca de uma maior capacidade de mobilidade, de inclusão social e de inserção de projetos.

Ângela Maria Morais comentou que esse seminário, além de compartilhar o edital de extensão, envolve a troca de saberes, que é relevante para a formação acadêmica. “Esse edital teve início em 2007, na gestão do professor Mohamed, assim como a criação da CAC, que está completando dez anos de existência”, realçou.

Projetos
Segundo Ângela Morais, foram 150 trabalhos inscritos para o evento, que está divulgando as ações de extensão da Unicamp com apoio da Preac, através do Edital PEC (Projeto de Extensão Universitária). O PEC-Preac contempla anualmente 32 projetos por meio de edital. O financiamento é concedido no valor de R$ 12 mil para ser implantado em comunidade carentes externas à Universidade. Já se trata da nona edição desse edital.

Os projetos aprovados são acompanhados por docentes e contam com a participação dos alunos. Pertencem a várias áreas, entre elas saúde, esporte, cultura. O projeto "Química em Ação", por exemplo, sob a responsabilidade da professora do Instituto de Química (IQ) Adriana Rossi, tem como proposta divulgar a Química para estudantes da educação básica e oferecer formação continuada para professores em exercício. Esse programa traz para o IQ estudantes e professores do ensino médio para programações específicas em período de férias. Em 2012, foi expandida essa interação com a iniciativa de levar experimentos e palestras para escolas públicas interessadas. Surgiu então o projeto "Química em ação na escola (QAnaE)”.

Outro projeto PEC, chamado "Prevenção e diagnóstico em DST/Aids e hepatites virais em trabalhadores de cooperativas de reciclagem de resíduos sólidos e catadores", é conduzido pelo professor Francisco Hideo Aoki, infectologista do HC da Unicamp. Ele visa orientar os catadores de cooperativas da região de Campinas acerca de DST e Aids, através de oficinas preventivas, que são organizadas, em geral, no próprio espaço onde esses trabalhadores e catadores vivem e trabalham. Nesses locais são oferecidas testagens para HIV, Sífilis e hepatites B e C. A adesão dos catadores ao programa de testagem foi quase 100%. Esse trabalho é efetuado em parceria com o Cecom e a CAC.

De acordo com Ângela, esses projetos são apenas dois dos muitos desenvolvidos pela Unicamp. E este seminário tem por finalidade aglutinar e divulgar as atividades de extensão realizadas em interfaces com o ensino e a pesquisa, desenvolvidas pelos docentes, alunos e funcionários da Unicamp.

Sobre o Edital PEC-Preac 2015, serão divulgados os resultados de financiamento em 6 de julho. Esse é um instrumento que abrange projetos de extensão universitária com ênfase na formação dos alunos e na inclusão social nas suas mais diversas dimensões. Visa aprofundar ações políticas que venham fortalecer a institucionalização da extensão. Leia mais sobre o PEC.