Fórum debate perspectivas e
desafios da educação social

25/06/2015 - 14:21

A educação social vive um momento de expectativa no Brasil por causa das discussões, no âmbito da Câmara dos Deputados, em torno do Projeto de Lei 5346, que dispõe sobre a regulamentação da profissão de educador social no país. “Uma das questões importantes contidas na matéria diz respeito à formação desses profissionais, tanto no nível médio quanto superior”, afirma a presidente da Associação de Educadores e Educadoras Sociais do Estado de São Paulo (AEESSP), Valéria Aroeira Garcia.

Valéria foi uma das participantes da última edição do semestre dos Fóruns Permanentes, evento aberto na manhã desta quinta-feira (25) no Centro de Convenções da Unicamp. O tema do encontro foi a “Educação Social no Contexto Latino-Americano: Perspectivas e Desafios”. De acordo com ela, embora a profissão de educador social já seja reconhecida formalmente, a questão da formação continua sendo um ponto a ser definido.

Atualmente, conforme a presidente da AEESSP, boa parte das pessoas que trabalham na área foi formada na prática e atua com base em saberes tradicionais adquiridos.  “O que está em discussão no momento é como e onde oferecer formação formal aos educadores sociais. Trata-se de um assunto complexo, visto que o trabalho desse profissional transita por várias áreas do conhecimento, como as artes, o esporte, a saúde, a cultura, entre outras”, pondera.

O educador social, acrescenta Valéria, atua com diversos tipos de ferramentas e conteúdos proporcionados pela educação não formal. O profissional está comprometido principalmente em contribuir para a superação da desigualdade e a injustiça, por meio da busca de formas solidárias de vida comunitária. Os espaços de atuação dos educadores sociais vão desde organizações não governamentais até órgãos governamentais, passando por fundações.

O coordenador-geral da Unicamp, professor Alvaro Crósta, participou da abertura dos trabalhos e destacou a importância dos debates acerca da educação social. Ele lembrou que a Universidade é mais conhecida por seus indicadores de ensino e pesquisa, mas que a instituição também desenvolve historicamente um trabalho relevante no plano da extensão universitária, que tem gerado resultados positivos para a sociedade.

Crósta enfatizou, ainda, a importância dos Fóruns para aproximar a Unicamp da sociedade, notadamente por meio da discussão de temas de interesse geral. “Estamos encerrando o semestre com a realização de 15 eventos. Para o segundo semestre, temos mais 17 encontros programados, sempre com a preocupação de contribuir para o desenvolvimento cultural, social e econômico do país”.