Unicamp realiza Curso Latino-
Americano de Metalogenia

13/07/2015 - 15:11

Roberto Xavier, diretor do IG da Unicamp

Um curso internacional de nove dias patrocinado pela Unesco e organizado, neste ano, pelo Instituto de Geociências (IG) da Unicamp levou geólogos e estudantes do Brasil e de outros países da América Latina para conhecer a maior mina de nióbio do mundo, localizada na cidade de Catalão (GO). Essa visita foi apenas uma das paradas da expedição de campo do 33º Curso Latino-americano de Metalogenia, que em 2015 aconteceu pela segunda vez no Brasil e, pela primeira vez, na Unicamp. O curso foi dividido em sessões teóricas, que ocorreram entre 1º e 4 de julho, e na viagem a campo, de 5 a 9.

“Metalogenia é o campo da área de Geologia que trata dos processos que levam à formação de depósitos minerais”, explicou o diretor do IG, Roberto Xavier. “Todos os participantes de um curso como esse são geólogos que estão atuando na área de mineração ou exploração mineral; ou são alunos, no nível de pós-graduação, que, ao terminar sua qualificação, certamente vão querer atuar nessa área."

O Curso Latino-americano de Metalogenia é realizado anualmente, desde 1982. Em suas primeiras décadas, baseava-se na Universidade Central do Equador, mas desde 2004 passou a ter caráter itinerante, já tendo sido realizado em países como Argentina, Chile, México, Peru e Bolívia. A primeira edição brasileira foi organizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 2009.

O curso conta, atualmente, com apoio da Unesco e de duas organizações profissionais de geólogos, a Society of Economic Geologists (SEG), e a Society for Geology Applied to Mineral Deposits (SGA). O tema específico da edição da Unicamp foi “Fontes Hidrotermais: uma viagem da fonte ao minério." “Todo curso tem o seu tema, que obviamente reflete aquilo que se faz na instituição sede”, disse Xavier. “No nosso caso, na parte teórica nós vimos desde quando os primeiros ingredientes ocorrem na crosta, até o momento em que o depósito mineral se forma. Então, tivemos de escolher pesquisadores que pudessem cobrir toda este percurso: da fonte, da onde saem os metais, como eles são transportados, aonde chegam e como podem formar depósito, como eles se concentram."

O curso foi ministrado em três línguas – inglês, espanhol e português – e Xavier vê nele um reflexo da crescente visibilidade internacional do trabalho do IG e uma importante iniciativa de internacionalização da Universidade. Entre os professores houve, além de docentes da própria Unicamp, nomes da USP, de universidades federais e de instituições da Alemanha, Canadá e Espanha. Participaram cerca de 100 alunos, entre profissionais pagantes enviados por empresas mineradoras e estudantes bolsistas.

 O diretor de IG considerou essa segunda edição brasileira do curso latino-americano um sucesso, que atribuiu a dois fatores: a sintonia da comissão organizadora e o empenho de estudantes de graduação do Instituto, que trabalharam como voluntários na parte operacional do evento. “Acho que sem esse apoio dos estudantes, e apesar de todo o esforço na organização, a operacionalização não teria se dado de forma tão boa”, disse ele.

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Parabéns pela Organização e Realização do Evento.

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