A Unicamp recebe nos dias 15 e 16 deste mês um grupo de 1.200 jovens que são os finalistas da 7ª edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). Eles são estudantes do oitavo e do nono ano do ensino médio e têm idade entre 13 e 17 anos. Começam a chegar ao campus de Campinas na próxima sexta-feira (14). O evento (que teve origem em 2009) é coordenado pela professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) Cristina Meneguello e pela pesquisadora Alessandra Pedro. São Paulo, Ceará e Minas Gerais são os Estados com maior representatividade.

Nessa etapa, os alunos participam da prova dissertativa, a ser realizada no dia 15 (sábado), no pavilhão do Ciclo Básico. As notas da prova escrita vão se somar às notas que eles já vinham obtendo desde abril, mês quando iniciou a sétima olimpíada. O tema deste ano foi o “Preconceito”, em sentido amplo. Eles responderão a questões sobre o assunto e, como exercício, já efetuaram entrevistas com pessoas vítimas de preconceito, conta Cristina Meneguello. 

Enquanto os alunos participam da última prova, os professores-orientadores assistirão a uma palestra no Centro de Convenções sobre o preconceito, proferida pelo professor do IFCH Leandro Karnal. No dia seguinte (16), ocorre a cerimônia de premiação de 75 equipes: 15 serão contempladas com medalhas de ouro, 25 de prata e 35 de bronze. A Olimpíada é realizada com equipes formadas por três estudantes e um professor de História. “O Brasil é pioneiro nessa Olimpíada”, revela a sua coordenadora. "A nossa expectativa é que esse trabalho, que vem sendo muito bem-sucedido, ajude a ampliar o conhecimento dos alunos sobre a História do Brasil, passada e recente. Também esperamos que mais pessoas se sintam atraídas por essa modalidade de competição."

Pelo feedback que Cristina Meneguello já recebeu dos participantes, os relatos têm se mostrado altamente positivos. Segundo ela, os alunos informaram que a Olimpíada promoveu um grande impacto nas suas vidas e que isso se refletiu no aprendizado deles e nas notas obtidas em vários exames, entre eles o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Elaborada pelo Departamento de História do IFCH da Unicamp, a iniciativa, que tem o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e Ministério da Educação (MEC), firmou-se no cenário educacional como uma proposta inovadora de estudo consistente de História.