Foi uma grande festa a cerimônia de premiação de 75 equipes na 7ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB) no último domingo (16). As equipes vencedoras compostas por estudantes entre 13 e 17 anos, levaram para casa 15 medalhas de ouro, 25 de prata e 35 de bronze. Dentre os medalhistas, destaque para Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Pernambuco e São Paulo (interior), estados que tiveram maior número de medalhas. A premiação ocorreu no ginásio do Colégio Liceu Salesiano de Campinas, que tinha capacidade para abrigar todo o público.

A cerimônia foi aberta pelo chefe de gabinete da Reitoria da Unicamp, Paulo Cesar Montagner. A mesa diretora do evento foi composta por Maria Helena Capelato, que é presidente da Associação Nacional de História; a coordenadora da Olimpíada, Cristina Meneguello; a vice-coordenadora Alessandra Pedro; o coordenador de pós-graduação em História da Unicamp, José Alves Freitas Neto; o coordenador do curso de Graduação, Ricardo Pirolla; e a chefe do Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), Josianne Cerasolli.

O tema geral desta edição foi o preconceito sob suas mais variadas facetas. Os alunos realizaram trabalhos escritos e uma prova final dissertativa no sábado (15), pela manhã no pavilhão do Ciclo Básico. Os finalistas foram escolhidos após cinco semanas de provas via internet, e muito trabalho em equipe orientado pelos professores. As equipes eram compostas por quatro pessoas: três estudantes (oitavo e nono anos do Ensino Fundamental e qualquer ano do Ensino Médio) e o professor de história. As notas da prova escrita foram somadas às notas que eles já vinham obtendo desde abril.

Na Universidade, enquanto os alunos faziam a prova dissertativa os professores-orientadores assistiram a uma palestra no Centro de Convenções sobre o preconceito, proferida pelo professor do IFCH Leandro Karnal.

No domingo, “a premiação foi marcada pela emoção dos vencedores e por muitas histórias de superação, como as equipes que vieram a Campinas de ônibus desde o Ceará; a equipe que navegou oito horas no rio Solimões até Manaus para depois vir de avião para a prova; além de equipes que venderam rifas e fizeram pedágios em semáforos para conseguirem custear a vinda à Campinas”, relatou, por e-mail, a organizada e docente da Unicamp, Cristina Meneguello.

De acordo com ela, desde 2009 a Olimpíada Nacional em História do Brasil é o programa de extensão da Universidade com maior número de participantes, em termos de Educação Básica. Ao todo, nesta edição participaram 42 mil participantes de todos os estados do país. Elaborada pelo Departamento de História do IFCH da Unicamp, a iniciativa firmou-se como uma proposta inovadora de estudo consistente de História, que tem o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e Ministério da Educação (MEC).