PRP facilita participação
em editais de pesquisa

26/08/2015 - 11:01

A Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) da Unicamp iniciou ação inédita com o objetivo de ampliar a participação de docentes da Universidade em editais nacionais e internacionais de financiamento de pesquisa. A PRP constituiu uma equipe para prospectar as chamadas e orientar os interessados sobre os trâmites necessários para a apresentação de propostas e, posteriormente, para a execução dos convênios. O primeiro resultado da iniciativa acaba de ser conhecido. A Unicamp teve dois projetos contemplados em editais lançados pelo Ministério da Saúde e um pelo Ministério da Justiça.

De acordo com a pró-reitora de Pesquisa, professora Gláucia Pastore, há algum tempo a PRP havia identificado a necessidade de criar esse tipo de serviço. Ela explica que a Unicamp estava perdendo oportunidades de concorrer a uma série de editais por causa da falta de tempo dos docentes, que precisam conciliar atividades como aulas, pesquisas, orientações e, em alguns casos, tarefas administrativas. “Fica praticamente impossível para eles monitorar todas as chamadas para o financiamento de pesquisa. Por isso resolvemos criar um serviço que faça esse tipo de acompanhamento”, afirma.

Mais que prospectar oportunidades, continua a professora Gláucia, a equipe da PRP também orienta os docentes a interpretar os editais e a elaborar as propostas, de modo que elas atendam às exigências do órgão financiador. “Nossa primeira experiência foi com os docentes da FCM, visto que os editais dos ministérios da Saúde e da Justiça estavam voltados para o fomento de linhas de pesquisa na área da saúde. Tivemos duas reuniões, nas quais nos colocamos à disposição deles para agirmos como facilitadores no processo de concorrência aos editais. O retorno foi extremamente positivo”, relata Carlos Eduardo Frattini, que atua na área de Apoio Técnico da PRP.

Segundo ele, os encontros serviram para esclarecer as principais dúvidas dos professores acerca dos editais. “Quando não tínhamos as respostas aos questionamentos dos docentes, nós recorríamos aos ministérios para buscar os esclarecimentos”, completa Valquiria Celina Garcia, assessora da PRP. Tanto Valquiria quanto Frattini adiantam que a atuação da equipe da PRP não se resumirá a essas ações.

Além de facilitar a participação dos docentes nos editais, os profissionais da Pró-Reitoria também vão agir no sentido de ajudar os professores a gerir o projeto de pesquisa. Normalmente, a execução dos convênios é muito complexa. Exige a adequação a diferentes tipos de exigência e a apresentação de uma série de documentos e relatórios. No caso dos editais lançados pela União, por exemplo, o contrato não é feito diretamente com o responsável pela proposta, mas com a Unicamp, por meio da Diretoria Geral da Administração (DGA).

“Nesse caso, nós faremos essa ponte entre o docente e a DGA, de modo a descomplicar o trâmite”, detalha Frattini. A professora Gláucia informa, ainda, que a atuação da PRP não se restringirá aos editais lançados por instituições ou órgãos de fomento nacionais. “Vamos realizar o mesmo trabalho em relação aos editais internacionais e também aos lançados pelas fundações privadas. Nossa disposição é a de fazer com que os profissionais da Unicamp encontrem cada vez mais oportunidades de desenvolverem suas pesquisas”, diz.

As pesquisas
Os dois projetos contemplados pelos editais do Ministério da Saúde são coordenados pelas professoras Juliana Luporini do Nascimento, do Departamento de Saúde Coletiva; e Antonia Paula Marques de Faria, do Departamento de Genética Médica, ambas da FCM. O primeiro tem o título de “Análise do movimento de humanização do parto como possibilidade de fortalecimento dos direitos das mulheres e do Sistema Único de Saúde (SUS)”. O segundo trata do “Portal Nacional de Doenças Raras. Uma ferramenta para registro de pessoas com doenças raras e monitoramento das ações de saúde no âmbito da política nacional e atenção integral às pessoas com doenças raras”.

Já o projeto contemplado pelo edital do Ministério da Justiça é coordenado pelo professor Luís Fernando Tófoli, do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da FCM. O título da pesquisa é “Eficiência e segurança da Ayahuasca no tratamento da dependência química: Avaliação dos efeitos terapêuticos”. Os interessados em obter orientação da equipe da PRP em relação a futuros editais podem fazer contato pelo e-mail prp@reitoria.unicamp.br.