Unicamp dá início à
revisão do Planes
11/09/2015 - 14:21
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A Unicamp dá início neste sábado (12) ao processo de revisão do seu Planejamento Estratégico (Planes), com vistas ao período de 2016 a 2020. Durante todo o dia, um grupo constituído por cerca de 60 pessoas [dirigentes, diretores de unidades, coordenadores de órgãos e integrantes de instâncias colegiadas] estará reunido na Casa do Professor Visitante (CPV) para participar da primeira de duas oficinas previstas. A primeira reunião tem dois objetivos centrais: promover uma análise diagnóstica e delinear uma visão de futuro para a Universidade.
O coordenador-geral da Unicamp, professor Alvaro Penteado Crósta, observa que a Unicamp foi pioneira ao introduzir o Planejamento Estratégico como ferramenta da sua política de gestão. “Mais uma vez, estamos retomando o ciclo quinquenal de planejamento, com o objetivo de adaptar a Universidade às demandas e necessidades da sociedade contemporânea. Vamos nos avaliar e estabelecer metas para os próximos cinco anos, a partir da ampla participação da comunidade interna. Queremos, com isso, continuar sendo uma instituição que se destaca pela contribuição acadêmica e social que oferece ao país”, afirma.
Pela primeira vez, a Unicamp promoverá a união entre o Planes e a Avaliação Institucional. De acordo com a pró-reitora de Desenvolvimento Universitário, professora Teresa Atvars, a medida é importante porque a Avaliação Institucional apresenta um diagnóstico da situação da Universidade, a partir do olhar das faculdades, institutos, centros e núcleos sobre as áreas de ensino, pesquisa, extensão, infraestrutura, recursos humanos etc. “São dados que certamente contribuirão para definirmos novas ações e projetos”, considera.
Uma das demandas surgidas da Avaliação Institucional, segundo a pró-reitora de Desenvolvimento Universitário, refere-se à necessidade da definição de programas para qualificar funcionários que atuam diretamente nas atividades de ensino e pesquisa. “Outra constatação diz respeito à morosidade de determinadas rotinas administrativas, dado que algumas unidades e órgãos precisam tomar decisões rápidas em algumas situações. Estes e outros temas certamente serão objeto de propostas, que posteriormente serão encaminhadas na forma de documento para apreciação das instâncias competentes, inclusive o Conselho Universitário (Consu)”, explica a professores Teresa Atvars.
A docente observa que nem todas as medidas sugeridas pelo processo de revisão do Planes exigirão o dispêndio de recursos financeiros. Algumas iniciativas, diz, provavelmente dependerão somente de diálogo e reorganização de procedimentos. Como exemplo, a pró-reitora cita a adoção do sistema de assinatura eletrônica em relação aos diplomas emitidos pela Universidade, da ordem de 7 mil ao ano.
O projeto, informa, ficou no plano das intenções por muito tempo. “Em dado momento, o reitor José Tadeu Jorge cobrou a sua execução. A Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário (PRDU) tratou, então, de reunir os órgãos ligados ao processo de emissão de diplomas e pedir uma solução. Em menos de dois meses o sistema foi implantado com eficiência, sem a necessidade de qualquer gasto. O resultado foi uma enorme economia de trabalho, tempo e papel”.
A segunda oficina no âmbito do processo de revisão do Planes está agendada para o dia 17 de outubro, também na CPV. Na oportunidade, serão elaboradas as diretrizes para as áreas estratégicas e definidos os programas de ação. “Obviamente, vamos ter sucesso, sucesso relativo e fracasso nos programas e projetos a serem executados. O importante, porém, é que não fiquemos imobilizados. Também é fundamental que entendamos que o Planejamento Estratégico é uma valiosa ferramenta de gestão, mas que não pode funcionar como uma camisa de força para a instituição. É indispensável que tenhamos instrumentos de acompanhamento e avaliação, de modo a promover correções de rumo sempre que for necessário”, pondera a professora Teresa Atvars.
A pró-reitora de Desenvolvimento Universitário reforça a necessidade da revisão do Planes, mesmo em um momento de crise econômica como o vivido atualmente pelo Brasil, quando praticamente não há investimentos. “Como todas as crises, esta também passará. Precisamos estar preparados para quando isso acontecer”, defende. A professora Teresa Atvars destaca, por fim, que o Planes terá um sistema de acompanhamento que permitirá a todos olharem os projetos em execução e em que fase cada um está. Este sistema será desenvolvido oportunamente.