Mostra do
Cotuca
apresenta
inovação no
ensino técnico

24/09/2015 - 16:46

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Apresentações orais

Apresentações orais

A coordenadora científica e o diretor do Cotuca

A coordenadora científica e o diretor do Cotuca

Apresentações de protótipos e pôsteres

Apresentações de protótipos e pôsteres

Alunos do Instituto Federal do Paraná

Alunos do Instituto Federal do Paraná

De Minas Gerais, alunos preocupados com a literatura

De Minas Gerais, alunos preocupados com a literatura

Uma série de protótipos que indicam soluções para problemas simples, como o monitoramento do consumo de água residencial ou o reaproveitamento da água fria que sai do chuveiro com aquecimento a gás, ou mesmo na hora de encontrar uma vaga para estacionar o carro, ou levar literatura para o público jovem em objetos do cotidiano. As inovações ficaram espalhadas em apresentações de alunos de várias partes do Brasil no ginásio do Colégio Técnico de Campinas (Cotuca) que realizou nesta quinta-feira, dia 24, a V Mostra de Trabalhos de Cursos Técnicos.

Em torno de 1200 estudantes de ensino médio e técnico dos Estados de São Paulo (SP), Minas Gerais (MG), Rio de Janeiro (RJ), Paraná (PR), Rio Grande do Sul (RS) e até Bahia (BA) apresentaram mais de 500 projetos. A mostra começou em 2008, com a apresentação de trabalhos internos mas foi crescendo ano a ano e hoje é uma das poucos com esta dimensão no Estado de SP. “Nosso objetivo é contribuir para a melhoria do ensino técnico para que as escolas, professores e alunos tenham motivação para trabalhar com novos desafios ao longo do ano”, afirmou o diretor do Cotuca, Alan César Ikuo Yamamoto.

A coordenadora científica do Cotuca, Cintia kimie Aihara Nicoletti salientou que os trabalhos apresentados na mostra “vem ganhando corpo melhor, inclusive algumas formatações do curso já foram alteradas para contemplar uma maior integração das áreas de conhecimento, por exemplo”. No formato de um evento científico, os alunos participam com sessões orais, apresentações de protótipos e pôsteres. Os melhores trabalhos são avaliados e recebem certificados.

“Buscamos aproximá-los da necessidade do conhecimento prévio, da metodologia científica e da necessidade da busca de informações teóricas para depois levar à prática”, complementa Cintia. De acordo com ela, os avaliadores são profissionais que estão inseridos no mercado seja no meio científico ou na indústria. “Nós formamos para o mercado”, complementou.

Os alunos do Instituto Federal do Paraná lotaram um ônibus e viajaram a madrugada toda, desde Londrina, para participar da mostra em Campinas. Henrique Villasboa Pereira veio apresentar um sistema de monitoramento do gasto de água em residências, que por meio de um sensor, envia dados para um celular sinalizando o status do consumo. O professor Jefferson Sussumo de Aguiar acompanhava a equipe “Participamos desde 2013. Lá em Londrina os alunos se preparam o ano inteiro para vir”.

Do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, campus de Divinópolis, o aluno André Almeida Gonçalves mostrava seus protótipos: garrafinhas de água e um pufe com trechos da literatura de Paulo Leminski, Machado de Assis ou Ferreira Goulart. “Nossa ideia é produzir produtos pra divulgar literatura para o pessoal do ensino médio que tem pouco contato com os livros no cotidiano”.

Desafio

Durante a mostra também houve um desafio na área de metrologia patrocinado pela empresa Mahle. A competição foi uma das novidades desta edição e consistiu no desenvolvimento de um método de medição de espessura em parede de bronzinas, peças empregadas para reduzir o atrito e servir de apoio e guia para outras peças giratórias. O gerente de inovação da empresa, André Ferrarese, afirmou que foi a primeira vez que propuseram um desafio de inovação para a escola técnica.

“O desafio termina com três propostas de projetos, e todos mostraram um olhar diferenciado daquilo que a gente já tinha investigado. Mesmo aquele projeto menos detalhado traz um elemento novo que nos coloca para pensar”, salientou.