“Cuba e a mídia” é tema
de Oficina na Unicamp

27/10/2015 - 14:19

/
Juliana Sangion e Amanda Cotrim apresentam oficina no Seminário de Teses em Andamento do IEL

Juliana Sangion e Amanda Cotrim apresentam oficina no Seminário de Teses em Andamento do IEL

Participantes da oficina no IEL

Participantes da oficina no IEL

Participantes da oficina no IEL

Participantes da oficina no IEL

Participantes da oficina no IEL

Participantes da oficina no IEL

A oficina "Jornalismo Internacional: Como cobrir Cuba e evitar os clichês", que aconteceu na segunda-feira, 26, durante o Seminário de Teses em Andamento, no auditório do Centro Cultural do IEL, reuniu cerca de 20 pessoas, as quais puderem conhecer a produção da notícia e como os discursos sobre Cuba foram construídos historicamente pelos jornais. A oficina foi dividida em duas partes: na primeira hora a jornalista e professora da PUC-Campinas, Juliana Sangion, apresentou um documentário realizado pela Globo News, em Cuba, logo após a retomada das relações diplomática com os EUA, e discutiu os mecanismos da imprensa, como a linha editorial do veículo e a pauta;  em seguida, a jornalista e pesquisadora no Laboratório de Estudos Avançados Jornalismo (IEL/Unicamp), Amanda Cotrim, contextualizou a cobertura jornalística mundial sobre Cuba, desde a Revolução Cubana até os dias atuais, refletindo acerca dos efeitos de sentido dos discursos sobre Cuba nos jornais. Na segunda hora da oficina, os alunos se dividiram em grupos e puderem realizar uma leitura crítica da mídia impressa nacional e internacional.

“Superou as minhas expectativas”, disse a estudante de jornalismo do Mackenzie, Nadja Ponte, que veio de São Paulo para a oficina. “Foi muito importante compreender em que condições os discursos sobre Cuba foram construídos. Saber que quem dá o título para uma reportagem é o editor e não o repórter mudou totalmente a minha visão”, revelou a doutoranda em Lingüística, Cristina Zanella. A oficina “Como cobrir Cuba e evitar um clichê” é um projeto que foi, inicialmente, idealizado pela jornalista e pesquisadora Amanda Cotrim. A jornalista estudou cinema na Escola Internacional de Cinema e TV de Cuba, foi correspondente na ilha em 2012 e atualmente pesquisa os discursos sobre Cuba na imprensa internacional em seu curso de mestrado no Instituto de Estudos da Linguagem.  A jornalista e professora Juliana Sangion, que tem mais de 20 anos de experiência na área de comunicação e também estudou cinema em Cuba, contribui com o projeto.

“Esperamos que essa oficina, realizada pela primeira vez na Unicamp, se expanda, para que possamos travar um debate com a sociedade sobre Jornalismo e Cuba, seja no meio universitário ou não”, deseja Amanda. “Diante da concentração dos meios de comunicação, é muito importante que possamos viabilizar as ‘leituras’ que estimulem e possibilitem outros e novos sentidos sobre o funcionamento e a cobertura da imprensa a respeito de Cuba”, finaliza Juliana.