Comunidade
do campus
confere
‘O Crime
da Cabra’

05/11/2015 - 16:22

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Integrantes do primeiro longa da Unicamp

Integrantes do primeiro longa da Unicamp

Exibição de

Exibição de "O Crime da Cabra" na FCM

Ariane Porto, idealizadora do filme-escola

Ariane Porto, idealizadora do filme-escola

Teresa Aguiar: filme para o neto e a avó

Teresa Aguiar: filme para o neto e a avó

A comunidade do campus pôde conferir nesta quinta-feira as qualidades de “O Crime da Cabra”, primeiro longa-metragem produzido pela Unicamp, em conjunto com a TAO Produções, e exibido dentro das comemorações dos 50 Anos da Universidade, no auditório da Faculdade de Ciências Médicas. O filme tem a participação de alunos, funcionários e docentes ao lado de atores consagrados nacionalmente como Lima Duarte, Arlete Salles e Laura Cardoso. Trata-se de uma comédia de costumes que procura fazer uma homenagem ao circo e a Mazzaropi, bem como a Ariano Suassuna e Inezita Barroso como figuras estruturais e estruturantes da cultura brasileira. 

“‘O Crime da Cabra’ foi um parto feliz. Não digo que foi sem dor, nem natural, pois tivemos que ajudar a natureza em vários momentos e para isso contamos com muitos parceiros. É um filme que se propôs a ser educomunicativo, ou seja, construído dialogicamente na relação com alunos, funcionários e professores, num processo bem coletivo e bem horizontal”, disse a diretora Ariane Porto, docente do Instituto de Artes (IA). “Quando vim para a Unicamp trouxe essa proposta de um filme-escola, agregando atores famosos, atores da cidade (o que é importante) e uma equipe técnica profissional.” 

A professora do IA conta que o longa-metragem, com roteiro escrito por ela e Ricardo Grynszpan, é uma adaptação da peça teatral com o mesmo título de Renata Palottini. “Quando vejo funcionários da Unicamp atuando com Lima Duarte e Laura Cardoso, e interagindo em pé de igualdade no set, é a confirmação de que o sonho se torna realidade se for coletivamente abraçado. Tenho muito orgulho do Arte Única, por exemplo, um grupo que nasceu nas oficinas que organizei juntamente com Teresa Aguiar e Pedro Molfi para preparar funcionários interessados em atuar no filme – e que hoje se apresenta dentro e fora da Universidade.” 

Nesse sentido, Ariane Porto agradeceu o apoio que considera fundamental do Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS) e adiantou que está em andamento outro projeto em parceria com a TAO Produções, que deve ser concluído no próximo ano, ainda dentro das comemorações do Jubileu de Ouro da Universidade. “É um projeto sobre a vida e obra do maestro Carlos Gomes, transmídia [que prevê um longa-metragem, uma minissérie para a TV, uma ópera e um material educomunicativo para as escolas]. O filme é mais ousado, em coprodução internacional, mas seguindo a mesma lógica de incorporar todo mundo, o que é a cara da Unicamp: inovar nas artes.” 

Teresa Aguiar, codiretora de “O Crime da Cabra”, disse que estas exibições fechadas servem para avaliar a receptividade do público universitário ao filme, antes de sua entrada no circuito de cinemas prevista para o ano que vem. “Essa parceria entre a Unicamp e a TAO Produções foi muito feliz, pois encontramos pessoas que têm mais ou menos as mesmas ideias sobre o fazer artístico. Depois dessa grande experiência, há uma predisposição de dar continuidade à ação mútua. Conseguimos fazer um cinema simples, mas com todos os ingredientes para uma comédia funcionar; é uma comédia limpa e você pode trazer tanto o neto como a avó, porque ambos vão se divertir sem se chocar com nada.” 

Olhar circense 

“O Crime da Cabra” transcorre numa pequena cidade do interior, que vê seu cotidiano abalado por um crime inusitado: uma cabra que comeu o dinheiro da sua própria venda, provocando a disputa entre dois amigos por sua posse. Ambientado no universo caipira, o longa utiliza recursos do circo-teatro, o que serviu de mote para o debate que se seguiu à exibição do filme: “Um olhar circense sobre ‘O Crime da Cabra’”, com Pereira França Neto (o palhaço Tubinho), a professora Ariane Porto, a Família Bartolo (de artistas circenses que integraram a película) e Tiago Gonçalves (mestrando do IA e consultor circense do longa-metragem).