A pró-reitora de Pesquisa da Unicamp, Gláucia Maria Pastore, encerrou na tarde da última quinta-feira (19) a 23ª edição do Congresso de Iniciação Científica da Unicamp. O evento, que aconteceu entre os dias 17 e 19 deste mês no Ginásio Multidisciplinar da Universidade (GMU), contou com 1.353 trabalhos inscritos e a participação de 1.514 alunos da graduação e de colégios técnicos da Unicamp. 
Em cada um dos dias do evento, houve palestras e exposições de pôsteres com a apresentação dos resultados das pesquisas desenvolvidas pelos estudantes da Universidade. Os pôsteres apresentados foram divididos em três grandes áreas do conhecimento científico: exatas e tecnológicas; biológicas; e artes e humanas. 

Os principais impactos da iniciação científica, segundo a pró-reitora de Pesquisa, são a melhor preparação dos alunos para a pesquisa e pós-graduação e o desenvolvimento do raciocínio independente. “A avaliação que faço do programa é muito positiva. Há um interesse crescente de participação. Temos observado o entusiasmo com que os alunos preparam o seus pôsteres, por exemplo. E a participação dos orientadores também. Este programa contribui de modo relevante para os estudantes entenderem o que é a ciência e de onde ela nasce. Outro aspecto a ressaltar é a qualidade dos trabalhos apresentados”, avaliou Gláucia Pastore.

Sobre o evento deste ano, a pró-reitora salientou que todos os trabalhos apresentados receberam um número DOI (Digital Object Identifier), uma espécie de identificação que permitirá acompanhar e localizar as publicações na internet em qualquer ponto do planeta. Com isso, as pesquisas terão uma maior visibilidade internacional.

“Deu muito certo também a realização de palestras abordando diversos temas durante o evento. Nós tivemos o professor Miguel Arcanjo Areas, do Instituto de Biologia, falando sobre ‘Biologia da Fé’. O professor Rochel Montero Lago, da Universidade Federal de Minas Gerais, falou sobre empreendedorismo. E agora no encerramento, as palestras da professora Maria José Santos Pompeu Brasil, do Instituto de Física, sobre a ‘Cor da Luz’ e, por último, da Mariana Nunciaroni, do Parque Tecnológico, sobre carreira e empreendedorismo. São temas tão diferentes que proporcionam uma visão ampla aos nossos alunos”, acrescentou. 

Pesquisas
A estudante Rafaela Lima, do curso de Letras do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp, apresentou, durante o congresso, uma pesquisa sobre o letramento no mundo do trabalho e o discurso de agentes escolares do ensino médio. A pesquisa foi orientada pela professora Marcia Rodrigues de Souza Mendonca. A graduanda avaliou sua participação no congresso.

“Eu pesquiso quais são os letramentos, ou seja, as práticas de leituras e escritas, dentro do ensino técnico na disciplina da língua portuguesa que auxiliam a entrada do aluno no mercado de trabalho. Quanto ao Programa de Iniciação Científica da Unicamp acho que foi muito importante, pois me possibilitou um entendimento realmente do que é pesquisar. É um ótimo início para a carreira de pesquisa, que eu pretendo seguir, fazendo mestrado e doutorado.”
Annelise Galeazzi, colega de graduação de Rafaela, pesquisa o mesmo tema, só que voltado ao ensino de jovens e adultos. “Eu investigo, por exemplo, em que medida os professores do ensino médio trabalham com os letramentos e como isso se dá neste contexto”, conta. O estudo também é orientado pela professora Márcia Mendonça, do IEL. 

O Congresso de Iniciação Científica é promovido anualmente pela Pró-Reitoria de Pesquisa da Unicamp como um espaço para a apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos de graduação e do ensino técnico da Universidade.  
 
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