O físico Rubens Murillo Marques é o entrevistado de mais uma edição do programa Memória Científica, produzido pela RTV-Unicamp (veja o link). Livre-docente com apenas 27 anos, feito que à época o posicionou na USP como o  mais jovem a realizar tal façanha, tudo indicava que seu caminho lógico seria o da pesquisa e ensino em Estatística e Matemática, fosse na USP ou em qualquer outra grande instituição.

Assim, em 1966, ano em que nascia a Unicamp, o jovem Rubens chegava a Campinas para lecionar Bioestatística na recém-criada Faculdade de Medicina da Unicamp. Logo foi contratado como docente do Instituto Central de Matemática, “embrião” do IMECC. Quando, seguro e obstinado, dava largos passos nessa trilha, quis a história reservar a ele não mais um caminho, mas campos virgens e férteis. Havia tudo por fazer, era preciso mais do que um cientista. Foi então que o jovem calculou e lançou-se. Em 1967, apenas um ano após sua chegada, propôs a criação do primeiro curso de Bacharelado em Estatística do Estado de São Paulo. No ano seguinte, questionado pelo prof. Zeferino Vaz, criador da Unicamp, responde sobre a propositura de um “tal” curso de Computação: “Olha professor Zeferino, a meu ver, este é o futuro”.

Essa é uma pequena mostra do conteúdo dessa edição de Memória Científica, programa de entrevistas autobiográficas baseadas na metodologia da História Oral, produzido pela RTV-Unicamp, sob a direção do sociólogo Marcelo Rocco.