Laboratório de engenharia de produção abriga projeto premiado
Laboratório de Engenharia de Produção foi inaugurado em parceria com empresas na Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp
O Laboratório de Engenharia de Produção da Faculdade, inaugurado mês passado em parceria com as empresas Grupo Engenho e Flexsim, já está trazendo resultados positivos e de ganho mútuo tanto para a iniciativa privada quanto para o desenvolvimento de pesquisas na Faculdade.
O aluno Lucas Constantino Delago, orientado pelo Professor Cristiano Torezzan, coordenador do laboratório, recebeu na semana passada o prêmio Mérito Científico, por trabalho de pesquisa apresentado no XXIII Congresso de Iniciação Científica da Unicamp e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e desenvolvido em parceria com o Grupo Engenho. O prêmio é a maior honraria que um aluno de graduação da Unicamp pode receber internamente e é entregue pelo reitor da universidade em solenidade anual juntamente com docentes e pesquisadores que se destacaram em suas áreas de atuação.
A pesquisa premiada propôs um modelo matemático para o aperfeiçoamento da localização de produtos e montagem de pallets em um centro de distribuição, consideradas atividades significativamente importantes neste ramo. A empresa Grupo Engenho contratou o aluno como estagiário e a solução proposta pelo trabalho foi implementada na prática. “Este é o tipo de parcerias que buscamos – aquelas que promovem ganhos mútuos, tanto para a Faculdade quanto para as empresas. Tenho certeza que isto só foi possível devido a junção de dois elementos fundamentais: a capacidade técnica do estudante e a total abertura dada pelo Grupo Engenho no que concerne ao amplo acesso aos dados e o total envolvimento do estudante no problema real”, revela o Professor Cristiano.
Infraestrutura doada é de uso e propriedade exclusiva da Universidade. FCA controla agenda de pesquisa e atividades desenvolvidas pelo laboratório
A inauguração
A inauguração do Laboratório de Engenharia de Produção da Faculdade ocorreu no dia 10 de novembro e contou com a presença do Diretor da faculdade, Professor Peter Schulz, e do Vice-Presidente de Gente e Gestão da Ambev, além de vários convidados que também participaram de uma oficina de produção enxuta desenvolvida nas instalações do laboratório nos dias 11 e 12.
O laboratório foi idealizado em conjunto com docentes da FCA e integralmente financiado pelas empresas Grupo Engenho e Flexim, através da doação de equipamentos e serviços para a faculdade. A infraestrutura está instalada na sala UL65 e conta com 8 computadores equipados com licenças completas do software de simulação FlexSim, bem como outros softwares da área de engenharia de produção. Além dos recursos computacionais, o projeto inclui 4 kits completos do jogo de tabuleiro Lean Board Game, desenvolvido pelo Grupo Engenho para cursos de produção enxuta e uma sala de reuniões equipada com TV e multimídia.
Reportagens sobre a inauguração podem ser conferidas aqui e aqui.
Entenda como funcionam as doações das empresas para a FCA Unicamp
Os itens a serem doados devem ser de interesse da Universidade e a doação deve ser autorizada pela direção da unidade. Todos os itens doados são de uso e propriedade exclusiva da Unicamp. As empresas doadoras podem desenvolver projetos em conjunto com a Faculdade através do estabelecimento de convênios específicos, com a participação de docentes e alunos da FCA. A agenda de pesquisa, a escolha dos temas e o direcionamento das atividades são prerrogativas exclusivas da unidade e as atividades desenvolvidas devem estar alinhadas com as ações de ensino, pesquisa e extensão da Faculdade.
“Acredito que, respeitando estas regras e mantendo a autonomia da universidade pública, ambos os lados (universidade e empresa) tem a ganhar com a implantação de estruturas como estas, principalmente em uma Faculdade de Ciências Aplicadas, que deve estar aberta para oportunidades de aplicação dos conhecimentos desenvolvidos na academia. No Brasil, fazemos menos do que poderíamos neste aspecto e projetos como este apontam para possíveis modelos de interação” avalia o prof. Torezzan.