Finalistas do Mundial de Programação
têm palestra com diretor do Google Brasil
28/01/2016 - 15:51
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Berthier Ribeiro-Neto, diretor de Engenharia do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Google na América Latina e professor da UFMG, foi o palestrante desta quinta-feira na 7ª edição da Escola de Verão da Maratona de Programação, que a Unicamp está sediando pela quinta vez. O curso consiste de aulas teóricas e práticas que visam, principalmente, treinar os finalistas brasileiros para a Maratona Mundial, marcada para maio deste ano em Phuket, na Tailândia. Mais de 20 finalistas estão presentes, dentre o total de 92 inscritos de todo o Brasil e de vários países latino-americanos.
Rodolfo Azevedo, professor do Instituto de Computação (IC) e responsável pela Escola de Verão, explica que nesta edição as aulas são ministradas pelos russos Gleb Evstropov (vice-campeão da competição mundial em 2014 e 2015), Artem Vasilev (campeão em 2015) e Pavel Krotkov. “Tivemos entre 1.800 e 2.000 alunos brasileiros competindo na primeira fase, realizada em setembro do ano passado; 180 deles (em 60 equipes de três integrantes) disputaram a final em novembro e, agora, seis times (18 competidores) vão para o Mundial. Em meio a este processo, realizamos a Escola de Verão para treinar os nossos finalistas.”
O professor da Unicamp esclarece que as inscrições foram abertas para outros participantes, o que permitiu trazer jovens de vários países da América Latina (México, Peru, Colômbia, Chile, Argentina) e regiões do Brasil. É o caso de Railton Calheiros, aluno de engenharia da computação da Federal do Rio Grande do Norte, que veio para aprender e não para representar o país. “A programação competitiva estimula a pessoa a estudar mais e mais. O curso é bem interessante, com assuntos avançados voltados para quem vai ao Mundial, o que não é meu caso. No futuro, talvez eu venha a disputar.”
Segundo Azevedo, A Escola de Verão da Maratona de Programação, cujas aulas estão sendo transmitidas ao vivo pelo YouTube, tem o apoio da Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e o patrocínio do Google Brasil. “Como o objetivo é treinar os finalistas brasileiros, pagamos as suas passagens, alimentação e auxiliamos na estadia, além de custear a vinda dos professores estrangeiros. Para isso, precisamos de patrocínio, além de todo o apoio da Universidade. Antes desta palestra, tivemos entrevistas de recrutamento para estágio ou contratação pelo Google, que se interessa bastante por alunos de universidades top.”
O atraso na chegada para a palestra impediu uma entrevista com Berthier Ribeiro-Neto, que falaria sobre um case pessoal de sucesso: o desenvolvimento do buscador TodoBr, que fez com que ele e outros professores da UFMG se unissem para criar a startup Akwan, que acabou adquirida pelo Google e transformada em seu centro de desenvolvimento latino-americano, sediado em Belo Horizonte. “É uma história bem bacana de parceria universidade-empresa, que culminou com a vinda do Google para o Brasilp. Podemos dizer que, sem esta startup, isso não aconteceria”, diz Rodolfo Azevedo.