Avaliação institucional como
instrumento de planejamento
03/02/2016 - 14:06
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A Unicamp concluiu, agora em fevereiro, o seu processo de Avaliação Institucional correspondente ao quinquênio 2009-2013. Trata-se de um instrumento que norteará a tomada de decisões da Universidade, servindo ainda como subsídio para a revisão do Planejamento Estratégico (Planes) da Unicamp, que está sendo finalizado e deverá ser entregue nos próximos meses. A Avaliação Institucional analisa todas as atividades da Unicamp, nas áreas de ensino, pesquisa, extensão, administração, infraestrutura, recursos humanos, entre outras.
O relatório, disponível online, foi publicado em dois volumes: volume 1, referente às unidades de ensino e pesquisa e colégios técnicos; e volume 2, relativo aos centros e núcleos interdisciplinares de pesquisa. A Avaliação Institucional foi aprovada na 145ª Sessão Ordinária do Conselho Universitário (Consu), realizada no dia 24 de novembro de 2015; e encaminhada ao Conselho Estadual de Educação (Ceesp), como prestação de contas da Universidade junto à sociedade.
“Este processo de Avaliação Institucional vai além de cumprir uma obrigação de prestar contas: ele é uma ferramenta de gestão, tanto interna quanto externa, sobre o que é a Unicamp e o impacto das ações que a Universidade desenvolve para a sociedade”, dimensionou o coordenador-geral, Alvaro Penteado Crósta.
A pró-reitora de Desenvolvimento Universitário, Teresa Dib Zambon Atvars, disse, por sua vez, que este processo de avaliação é um marco na gestão universitária. “Os documentos elaborados colocam um conjunto de desafios para a Unicamp. Tais desafios se originam dos órgãos acadêmicos, através desse processo que nós chamamos de Avaliação Institucional. Pela primeira vez nós conseguimos integrar a Avaliação Institucional, realizada nas unidades acadêmicas (unidades de ensino e pesquisa, colégios técnicos e centros e núcleos interdisciplinares), com o Planejamento Estratégico”, revelou.
A interligação entre a Avaliação Institucional e o Planes cria um círculo virtuoso em prol do desenvolvimento e do aperfeiçoamento institucional, ressaltou Alvaro Crósta. “Anteriormente, a Unicamp executava os dois processos, mas não havia uma integração entre o que se analisava em um e o que se decidia em outro. Agora, essa conexão possibilita um ciclo avaliação-planejamento-avaliação, tornando o processo perene dentro da Universidade, independendo de período de tempo ou de administração.”
Para tornar possível esta integração foi desenvolvida uma metodologia específica. Como resultado, cada unidade apresentou um conjunto de projetos vinculados à gestão estratégica da Unicamp. Tais projetos foram identificados como possíveis ações a serem avaliadas para superar os pontos fracos ou melhorá-los ou, ainda, para manter os pontos fortes identificados nos processos interno e externo de suas avaliações.
No total, foram propostos 668 projetos, agrupados em seis áreas estratégicas do Planes da Unicamp de 2011-2015: ensino de graduação; ensino de pós-graduação; pesquisa; extensão e assuntos comunitários; administração e gestão; e qualidade de vida.
Esses projetos foram reagrupados pelas respectivas pró-reitorias e vice-reitorias executivas, gerando um conjunto de projetos que serão, posteriormente, discutidos, priorizados e implantados pela Comissão de Planejamento Estratégico (Copei) da Unicamp, a partir da definição do Planes de 2016-2020.
Os processos de Avaliação Institucional e do Planejamento Estratégico foram conduzidos no âmbito da Copei, comissão formada pelo coordenador-geral da Universidade, pró-reitores, diretores das faculdades, institutos e colégios, coordenador dos centros e núcleos e representantes eleitos dos docentes, discentes e funcionários.
“Também participaram desta avaliação um número grande de especialistas externos, alguns, inclusive do exterior, com notório saber em cada uma das áreas do conhecimento. Estes especialistas aportaram sua visão crítica sobre o que nós fazemos aqui, de modo a evitar qualquer tipo de corporativismo ou viés interno neste processo de avaliação. Gostaríamos de agradecer o envolvimento de todos que participaram deste processo”, mencionou Alvaro Crósta.
Além da integração com o Planes, outras inovações no processo de Avaliação Institucional foram realizadas em relação ao período anterior. Teresa Atvars destaca a implantação via web de todo o processo referente às unidades de ensino e pesquisa e colégios técnicos. “No caso dos centros e núcleos nós não conseguimos fazer via web, mas essa é uma das metas para a próxima avaliação. Fizemos uma pesquisa de opinião sobre o sistema e a opinião dos usuários é bastante positiva”, relata.