Faleceu nesta segunda-feira, dia 25, o jornalista, produtor e diretor Fernando Faro. Criador dos programas "Móbile", da TV Tupi, e "Ensaio", da TV Cultura, Faro foi docente do Departamento de Música do Instituto de Artes (IA) da Unicamp e diretor artístico do projeto Aquarelas do Brasil, atividade de extensão do Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade (Nudecri). Baixo, apelido carinhoso que ganhou de Cassiano Gabus Mendes, ficou conhecido por registros intimistas de artistas da MPB. Em 2007, a TV Cultura produziu um documentário e um show especial em comemoração aos 80 anos de Faro. Também foi homenageado no Quadro Grandes Personagens. O ex-reitor Carlos Vogt conheceu Fernando Faro em 1968, quando este era o responsável pela coordenação do Festival Universitário de Música Popular Brasil, na TV Tupi. Na época, Vogt se inscreveu no festival em parceria com Naire com uma música, “Senhora do Luar”, e acabou conquistando o terceiro lugar. A partir daí, tornaram-se amigos. 

Vogt lembra que, em 1986, quando Paulo Renato se tornou reitor e ele coordenador geral e vice-reitor, propôs que Faro viesse para a Unicamp para coordenar uma programação de atividades voltadas para a música popular brasileira. “Ele veio porque era um nome de referência e junto veio a Lílian Aidar, que trabalhou com Faro a vida toda. Num primeiro momento, criou um programa cultural ligado ao Nudecri - o Aquarelas do Brasil, que trazia cantores e compositores para apresentações. Foi quando criamos o famoso Baile de Fim de Ano, com apresentações da Orquestra Tabajara. Como crooners, trazíamos grandes cantores como Ângela Maria, Cauby Peixoto e Paulinho da Viola”, conta o ex-reitor. À mesma época, a Universidade passava por um momento fundamental na área cultural, como a criação do Programa Artista Residente.

Já num segundo momento, relembra Vogt, Faro foi contratado para dar aulas de Música Popular Brasileira (MPB) no Instituto de Artes e foi um sucesso enorme. “Ele era uma enciclopédia, uma referência fundamental na área de MPB. Ficou aqui até a compulsória dele aos 70 anos, mas continuou trabalhando em São Paulo”, afirmou Vogt. Após a aposentadoria na Unicamp, retornou à Fundação Padre Anchieta e retomou sua participação nos programas “Móbile”, agora trasmitido pela TV Cultura, e “Ensaio”. Vogt lembra que Faro foi diretor do Museu da Imagem e do Som em São Paulo e que ganhou o apelido Baixo porque era baixo mesmo e que, na verdade, incluía os amigos na lista de “Baixos” e chamava todos assim. “Faro era uma pessoa excepcional por motivos diversos, como a postura e o jeito envolvente de falar baixinho. Falando baixinho ele cativava amizades. Era de uma correção e lealdade muito grande. É uma perda muito grande para a formação cultural, para o conhecimento da MPB, para a TV – dada sua criatividade, e uma perda incomensurável para os amigos”, lamenta.

O velório ocorreu no Cemitério do Araçá, em São Paulo, e a cerimônia de cremação no Crematório de Vila Alpina, também na capital paulista.

Professor José Salvador Barone

Na quarta-feira, dia 20, faleceu e foi sepultado o professor José Salvador Barone, docente aposentado do Departamento de Química Analítica do Instituto de Química da Unicamp. Formado em química pela Universidade de São Paulo (USP), era ex-professor titular da mesma instituição e da Universidade Mackenzie. Na Unicamp, foi professor de 1968 a 2006. De 2006 a 2013, foi professor colaborador voluntário, sempre ministrando aulas de Química Analítica para a graduação.

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Donato Santori

Faleceu também no fim de semana o grande mestre Donato Sartori, escultor de máscaras Teatrais. Ele esteve duas vezes na Unicamp, a última em 2015. "Foi uma grande perda para a classe teatral", definiu  Heloisa Cardoso V. de Carvalho, docente do IA".

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