“Mais do que desenhos, eu acho que os visitantes poderão encontrar aqui pessoas se experimentando. E isso é muito bonito”, convida um dos expositores, o estudante Andre Eiji Oshiro. O colega Arthur Serra, que também expõe no espaço, explica que o desenho com modelos vivos ensina o arquiteto a entender a “medida do homem.” “No âmbito da arquitetura não podemos desenhar ou projetar sem pensar a medida do homem, ou seja, compreender primeiro as proporções dos usuários para aquilo que se está projetando.”

As modelos para os desenhos dos estudantes foram a bacharel em dança e pesquisadora da Unicamp, Paula D’Alejo; e a dançarina e graduanda do curso de dança da Universidade, Victoria Hernandez. Os desenhos são resultados de trabalhos elaborados como parte de disciplina coordenada por Marco do Valle durante o primeiro ano do curso de arquitetura. O professor da Unicamp explica que o objetivo com o conhecimento de desenho a partir de modelos vivos é tornar os futuros arquitetos mais autônomos e criativos. 

“São trabalhos de alunos que, em 2015, estavam no primeiro ano do curso. Uma maneira de se ensinar desenho na arquitetura é trabalhar com modelos vivos. Isso é muito interessante para o desenvolvimento da criatividade. Neste tipo de trabalho o desenhista precisa acompanhar a linha, é diferente, por exemplo, fazer o desenho a partir de uma fotografia. Aqui na exposição, eu tenho percebido que os visitantes têm ficado bastante encantados com os desenhos”, relata.