Mesa redonda na FEA debate
inovação na produção agropecuária

16/08/2016 - 16:27

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Sérgio Augusto Carbonell, diretor do ITAL

Sérgio Augusto Carbonell, diretor do ITAL

Antônio José de Almeida Meirelles, diretor da FEA

Antônio José de Almeida Meirelles, diretor da FEA

Gérard Chuzel, Consulado Geral da França

Gérard Chuzel, Consulado Geral da França

Luis Fernando Ceribelli Madi, diretor do IAC

Luis Fernando Ceribelli Madi, diretor do IAC

Luis Augusto Barbosa Cortez, Vreri

Luis Augusto Barbosa Cortez, Vreri

As perspectivas que a integração entre diferentes instituições de pesquisa na área de agroindústria da região de Campinas e as possibilidades que a bioeconomia podem proporcionar ao país foram temas debatidos na mesa redonda “O Agropolo Campinas-Brasil e a Inovação na Produção de Alimentos”, realizada nesta terça-feira (16), no Salão Nobre da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA).  Essa é uma das iniciativas da Unicamp relacionadas ao Agropolo Campinas-Brasil, um prpjeto interinstitucional criado em 2015 que pretende ampliar a integração entre vários órgãos de pesquisa na área agrícola da região, como o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), Instituto Agronômico Campinas (IAC), Instituto Biológico, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e Prefeitura de Campinas.

O evento contou com um público formado por dezenas de estudantes da graduação e pós-graduação da Unicamp, membros de outras instituições de pesquisa e representantes do setor industrial. “A FEA é a unidade na Unicamp e no Brasil que reúne a maior concentração de pesquisas e programas de pós-graduação de impacto em ciência e tecnologia de alimentos, e nosso objetivo em realizar essa mesa redonda é envolver a comunidade de forma intensa e participativa nessa iniciativa que envolve outras instituições”, avalia o diretor da faculdade, professor Antônio José de Almeida Meirelles.
Participantes da mesa redonda

A mesa foi presidida pelo professor Marcelo Cristianini, coordenador de Extensão e Pesquisa da FEA, que destacou que iniciativas como o Agropolo são necessárias para o desenvolvimento do país ao integrar diversas pesquisas e iniciativas relacionadas à cadeia da agroindústria, como o plantio, uso e manejo de resíduos, tecnologias de processo, desenvolvimentos de novos alimentos e de bioenergia. As pesquisas em engenharia de alimentos e a inovação em produtos e processos podem ser potencializadas com as parcerias decorrentes desse empreendimento. “O Agropolo é a oportunidade de estarmos trabalhando de forma mais integrada, aproveitando as diferentes especificidades de cada um”, avalia o diretor do ITAL, Luis Fernando Ceribelli Madi. Entre as iniciativas já realizadas estão uma série de workshops que definiram as áreas prioritárias que serão trabalhadas em conjunto ao longo dos próximos meses. Outro desafio do Agropolo é a aproximação com o setor privado para a realização de parcerias no desenvolvimento desses projetos.

A atuação de forma integrada entre diferentes instituições também é ressaltada pelo diretor geral do IAC, Sérgio Augusto Carbonell. “Precisamos firmar acordos e um relacionamento mais sólido baseado na missão institucional de cada instituto, com a integração em grandes projetos temáticos de pesquisa”, declara o diretor do IAC, que destaca ainda que todas as entidades envolvidas desenvolvem trabalhos que permeiam temas como agricultura, saúde, alimentação e química verde. Um primeiro projeto de pesquisa do Agropolo sobre políticas públicas em bioeconomia já foi aprovado pela Fapesp.

Público presente no Salão Nobre da FEA

O Adido para Ciência e a Tecnologia do Consulado Geral da França em São Paulo, Gérard Chuzel, apresentou a experiência similar que foi desenvolvida na França, na região de Montpellier. O modelo francês serviu de inspiração para a criação do Agropolo e um acordo de cooperação entre as instituições brasileiras e o Agropolis International foi assinado no primeiro semestre deste ano. A cooperações e parcerias entre as instituições envolvidas na já consolidada experiência francesa e as entidades brasileiras criam a possibilidade de realização de trocar experiências e recursos entre indústrias e centros de pesquisa internacionais.

O vice-reitor Executivo de Relações Internacionais, professor Luis Augusto Barbosa Cortez, acredita que a integração da universidade com o Agropolo é uma grande oportunidade de trabalhar cada vez mais na resolução de problemas da sociedade e ajudar a construir uma nova economia. “A Unicamp é a única instituição que tem condições de produzir recursos humanos na área. Fazemos pesquisas em nossos cursos de mestrado e doutorado e preparamos quem poderá fazer empreendedorismo e inovação”. O professor Cortez lembra ainda que as pesquisas relacionadas ao Agropolo podem dialogar com outras áreas além da agrícola, como a economia, medicina, biologia, ciências humanas, física, materiais e química, envolvendo assuntos interdisciplinares, beneficiando toda a universidade ao ampliar as possibilidades de desenvolvimento tecnológico nas áreas envolvidas.

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