O plantio de árvores favorece o clima das grandes cidades, reduzindo o calor, evitando enchentes, preservando cursos d’água e tornando o ambiente mais agradável. São hoje mais de três trilhões de árvores no mundo, mas esse número já foi até o dobro. Além de soluções que vêm sendo pensadas nas esferas políticas mundialmente, algumas iniciativas também têm contribuído para dar atenção a questões ambientais e de sustentabilidade.

Neste dia 21 (quarta-feira), dia da árvore, uma ação na Unicamp celebrou as árvores da Praça da Paz. A iniciativa foi organizada pelo Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS), órgão da Coordenadoria Geral da Universidade (CGU), pelo Serviço de Apoio ao Estudante (SAE), ligado à Pró-Reitoria de Graduação (PRG), e pelo Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura do Campus.

O evento incluiu plantio de árvores de pau-brasil (com orientação sobre algumas espécimes que têm no campus), um minirrolê ambiental em torno da praça, um piquenique comunitário  e duas apresentações musicais: de chorinho e de bossa nova com a participação de alunos que integram o projeto Aluno Artista do SAE, todos dentro de um coletivo ambiental que acontece mensalmente na Universidade. O objetivo é estabelecer um diálogo permanente com a comunidade universitária.

O GGUS foi criado em 2014 e desenvolve várias atividades relacionadas com a conscientização e divulgação do que é a sustentabilidade dentro do campus. “Procuramos agregar diferentes áreas pois são pessoas que já participam desse coletivo ambiental na Unicamp”, disse Washington Rodrigues, da Câmara de Educação Ambiental. “A intenção é usar a praça e deixá-la tão bonita e limpa quanto a gente encontrou antes.”

Uma das ações de sustentabilidade, contou ele, é liderada pela professora Emilia Rutkowski, presidente da Câmara Técnica de Ambiente Urbano. Essa câmara ficou responsável por fazer a cartografia social de todas as unidades da Unicamp, um green map, para trabalhar a sustentabilidade e os desafios da instituição nessa área. Essa atividade já foi desenvolvida em Piracicaba e em Limeira. O mapa é montado por alunos, professores e funcionários.

Elói José da Silva Lima, assistente de direção do GGUS, na solenidade representando o coordenador geral da Universidade, professor Alvaro Crósta, relatou que o GGUS foi criado para planejar e definir políticas de sustentabilidade na Universidade. Além disso, promove eventos específicos, como é o caso do evento de hoje.

O funcionário da Câmara Técnica de Fauna e Flora do GGUS, Jorge Luis Florêncio, explicou a origem do nome Praça da Paz. Essa praça foi criada no dia 6 de agosto de 1986, mês em que aconteceu um ataque aéreo dos EUA a Hiroshima e a Nagasaki, Japão, após o final da II Guerra Mundial. Esse ataque culminou com a morte de milhões de pessoas. “Em decorrência, foi estabelecido o Dia Internacional da Paz. E, na Unicamp, na gestão do reitor Paulo Renato Costa Souza, esse nome foi dado à Praça da Paz em memória dos que sofreram o massacre”, revelou Florêncio.

De acordo com ele, a partir daí a praça começou a ser utilizada como um local de contemplação e de eventos. Durante anos a praça também foi ponto de chegada e de partida dos servidores, por causa da parada dos ônibus fretados. A seguir, passou a ser um simples caminho para as unidades e espaço de contemplação. Depois ainda começou a ser usada para manifestações de movimentos sociais, celebrações de formatura, assembleias, eventos estudantis e visitação da comunidade externa, que vem ao local a passeio com a família. Conheça a beleza e exuberância de algumas árvores da Praça da Paz.