Pessoas dormem duas horas a menos que geração anterior

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Uma pesquisa realizada em 2022 com mais de 2 mil brasileiros e publicada recentemente na revista Sleep Epidemiology apontou que 65,5% dos brasileiros dormem mal. O número foi maior entre as mulheres (71% das participantes) do que entre os homens (57% dos participantes).

Os fatores que podem causar distúrbios do sono são variados e podem ir de preocupações cotidianas, excesso de barulho e hábitos modernos que restringem o horário de dormir até doenças crônicas, como apneia ou obesidade.

Por isso, o entrevistado deste mês no podcast Ressonância é o médico e coordenador do serviço de distúrbios do sono da Divisão de Otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, Edilson Zancanella.

De acordo com Zancanella, vivemos hoje uma pandemia de restrição do sono. As pessoas restringem o número de horas de sono porque fazem outras coisas nos horários que deveriam ser dedicados a dormir, coisas como cumprir compromissos noturnos, estudar, enviar emails, trocar mensagens ou acessar e compartilhar fotos e informações pelas redes sociais e por outros canais de comunicação digital.

“A nossa geração vem dormindo duas horas a menos que a geração anterior. Nós temos um horário fixo para acordar, mas não temos um horário fixo para dormir. Nosso organismo funciona melhor por ritmo. Para melhorar o sono, precisamos mudar a rotina ou o hábito. Só medicamento não resolve”, explica Zancanella no podcast.

Ressonância é um podcast realizado por meio de uma parceria do HC da Unicamp com a SEC Rádio e TV Unicamp. O podcast aborda assuntos de saúde de interesse geral da população, divulga campanhas e faz entrevistas com especialistas do hospital. A edição deste mês também está disponível no YouTube e em plataformas de streaming como Spotify, Deezer e outras. Ouça também as demais entrevistas na playlist do HC da Unicamp.

 

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